domingo, 24 de novembro de 2024
Search

Desemprego global deve cair em 2024, mas progresso lento preocupa OIT

Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O ano de 2024 deverá registrar ligeira queda no desemprego mundial, informa relatório divulgado nesta quarta-feira (29) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), entidade vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). O documento, no entanto, menciona preocupações com o ritmo lento do progresso e a persistência de desigualdades de gênero nos mercados de trabalho.

Pelo cenário atual, dificilmente serão atingidos os compromissos da Agenda 2030, assumidos pelos 193 estados-membros da ONU na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável ocorrida em 2015.

Intitulado Emprego Mundial e Perspectivas Sociais: Atualizações de Maio de 2024, o relatório prevê que a taxa de desemprego global este ano chegará a 4,9%, abaixo dos 5% registrados em 2023. A tendência de queda, no entanto, não deve se manter em 2025. A projeção indica estabilidade para o próximo ano, com o desemprego permanecendo em 4,9%.

“O progresso decepcionante desde 2015 coloca muito provavelmente a meta de pobreza para 2030 fora do alcance. O progresso na informalidade também foi decepcionante. A percentagem de emprego informal era de 61,4% em 2005 e em 2015 tinha diminuído para 58,4%. Desde então, o ritmo do progresso tem sido consideravelmente mais lento: em 2024, a percentagem estimada é de 57,8%. Isto representa uma clara desaceleração no ritmo do progresso”, registra o documento.

A Agenda 2030 fixou 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O oitavo deles envolve a garantia de “emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos”. Em números absolutos, o total de trabalhadores em emprego informal cresceu de 1,7 bilhões em 2005 para 2,03 bilhões em 2024. “As tendências globais sugerem um abrandamento nos progressos no sentido da redução da pobreza e da informalidade desde 2015”, reitera a OIT.

De acordo com o relatório, 183 milhões de pessoas são consideradas desempregadas. São aquelas que estão procurando trabalho e disponíveis para iniciá-lo em uma ou duas semanas. No entanto, se se considerarem todas as pessoas com pelo menos 15 anos que gostariam de ter um emprego – mesmo aquelas que não estão se movimentando em busca de uma ocupação ou que não tem disponibilidade para começar em curto prazo – o número salta para 402 milhões. É o que a OIT classifica como “disparidade de emprego”.

As mulheres são desproporcionalmente afetadas pela falta de oportunidades. Embora esse cenário se verifique em todo o mundo, o relatório aponta que a situação é mais alarmante em países de baixos rendimentos. Nestes, a disparidade de emprego para as mulheres atinge 22,8%. Para os homens, o índice é de 15,3%. A desigualdade é menor nos países de rendimento elevado: a disparidade de emprego é de 9,7% para mulheres e de 7,3% para homens.

O relatório indica que esse cenário está em boa parte relacionado com as responsabilidades familiares. Isso porque os dados revelam que a proporção de mulheres completamente afastadas do mercado de trabalho é bem superior à de homens. Em todo o mundo, 45,6% das mulheres em idade ativa estão empregadas. Entre os homens, a taxa sobe para 69,2%.

A desigualdade está presente mesmo entre a população empregada. Em países de rendimento elevado, as mulheres recebem em média 73% do que ganham os homens. Já nos países de baixo rendimento, o percentual cai para 44%.

Brasil

O Brasil registra taxa de desemprego superior ao índice global projetado pela OIT para 2024. É o que revelam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego do país ficou em 7,5%. Apesar de se situar acima do índice global projetado pela OIT, este é o menor percentual registrado no Brasil comparando o mesmo período desde 2014.

A Pnad Contínua apura todas as formas de ocupação de pessoas a partir de 14 anos de idade, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. O índice registrado no trimestre encerrado em abril foi inferior ao observado no mesmo período de 2023 (8,5%) e é considerado estável em relação ao trimestre móvel terminado em janeiro de 2024 (7,6%).



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

BNDES lucra R$ 2,7 bi e amplia carteira de crédito no 1º trimestre

BNDES lucra R$ 2,7 bi e amplia carteira de crédito no 1º trimestre

Emprego no comércio levou 3 anos para retomar nível pré-pandemia

Emprego no comércio levou 3 anos para retomar nível pré-pandemia

Bares e restaurantes têm dificuldades na hora de contratar empregados

Bares e restaurantes têm dificuldades na hora de contratar empregados

CVM lança versão atualizada da cartilha sobre Forex

CVM lança versão atualizada da cartilha sobre Forex

Ibovespa fecha em alta de 1,3% e retoma os 128 mil pontos com forte valorização de Vale e Petrobras; dólar cai

Ibovespa fecha em alta de 1,3% e retoma os 128 mil pontos com forte valorização de Vale e Petrobras; dólar cai

Dólar sobe para R$ 5,48 influenciado por Japão e China

Dólar sobe para R$ 5,48 influenciado por Japão e China

Ibovespa sobe 0,69% e fecha em alta pelo 7º pregão seguido

Ibovespa sobe 0,69% e fecha em alta pelo 7º pregão seguido

a história da bilionária mais rica do mundo

a história da bilionária mais rica do mundo

Nascido em Paraisópolis, banco quer ser “BNDES da favela”

Nascido em Paraisópolis, banco quer ser “BNDES da favela”

Como declarar ações no Imposto de Renda em 2023?

Como declarar ações no Imposto de Renda em 2023?

Commodities derrubam Ibovespa, que tem perda atenuada por bancos e elétricas

Commodities derrubam Ibovespa, que tem perda atenuada por bancos e elétricas

Mercado eleva previsão da inflação de 3,98% para 4% em 2024

Mercado eleva previsão da inflação de 3,98% para 4% em 2024

Governo Central tem superávit primário de R$ 11,1 bilhões em abril

Governo Central tem superávit primário de R$ 11,1 bilhões em abril

Superávit das contas públicas cai 45,4% e fecha outubro em R$ 14,8 bi

Superávit das contas públicas cai 45,4% e fecha outubro em R$ 14,8 bi

Dívida Pública sobe 2,25% em fevereiro e aproxima-se de R$ 6,6 tri

Dívida Pública sobe 2,25% em fevereiro e aproxima-se de R$ 6,6 tri

Ibovespa fecha na máxima, acima de 129 mil pontos; dólar recua a R$ 4,93

Ibovespa fecha na máxima, acima de 129 mil pontos; dólar recua a R$ 4,93