É um dia que não reserva – aparentemente – grandes emoções para o mercado financeiro. Mas a semana, repleta de indicadores e balanços importantes, sugere que ainda podemos ter emoções antes do feriado prolongado de Carnaval.
A Petrobras é a empresa que pode trazer emoção para o último pregão do mês. O mercado não gostou do resultado da estatal e isso se refletiu no desempenho das ações no Ibovespa. PETR4 caiu mais de 3,5%; e PETR3 superou 5% de retração.
O foco do descontentamento recaiu sobre os dividendos. A Petrobras aprovou R$ 9,1 bilhões, e o lucro transformou-se em prejuízo no quarto trimestre. A empresa sofreu impacto de R$ 27 bilhões em variação cambial. Ao comentar os resultados, a CEO da estatal, Magda Chambriard, indicou que vai sim antecipar investimentos quando possível.
No campo político houve o fim da novela das emendas parlamentares. O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o plano para dar maior transparência ao uso de parte dos recursos do Orçamento.
Mas nunca as coisas são simples em Brasília. Na semana passada, senadores aprovaram projeto de lei que desfez o cancelamento de R$ 4,6 bilhões em emendas propositivas. Conforme o colunista da Inteligência Financeira Emannuel Macedo, isso mostra como o tema ainda faz parte do dia a dia do Congresso. E o mercado está atento a isso.
Como fechou a bolsa
Mesmo diante de tanta pressão da Petrobras, uma das principais ações do índice, o Ibovespa fechou no zero a zero. Houve ligeiríssima alta de 0,02%. Estaciona-se então nos 124,7 mil pontos. É uma pontuação melhor do que a do começo do ano (120 mil pontos), mas distante de uma aceleração digna de um rali.
Pelo sim, pelo não espera-se que esse rali chegue ainda neste ano. A dúvida é se ele vem agora ou mais para o fim do ano, em um movimento maior em torno das eleições presidenciais de 2026. A opinião é de gente importante do mercado, e que você pode conferir aqui.
Bolsas asiáticas derretem após queda em Wall Street
As bolsas recuam nesta sexta-feira na Ásia, com os índices de referência no Japão, Hong Kong e Coreia do Sul caindo mais de 2% após as bolsas de Wall Street despencarem em meio a dúvidas sobre o frenesi em torno da tecnologia de inteligência artificial.
Assim, o índice Nikkei 225 de Tóquio perdeu 3,4%, caindo para 36.939,89 pontos, puxado para baixo pela forte desvalorização das ações de empresas de tecnologia.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 2,3%, para 23.175,49 pontos, enquanto o índice Xangai Composto caiu 0,9%, para 3.358,28 pontos. Na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 3,2%, para 2.538,07 pontos.
Na quinta-feira, os principais índices de ações nos Estados Unidos caíram. Dessa forma, o S&P 500 afundou 1,6%, para 5.861,57 pontos, e o Dow Jones caiu 0,4%, para 43.239,50 pontos. Já o Nasdaq despencou 2,8%, para 18.544,42 pontos.
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