quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Search

Dívida Pública cai 0,8% em julho e mantém-se abaixo de R$ 6,2 tri

Dívida Pública cai 0,8% em julho e mantém-se abaixo de R$ 6,2 tri

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O alto volume de vencimento de títulos prefixados fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair levemente em julho. Segundo números divulgados nesta terça-feira (29) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 6,191 trilhões em junho para R$ 6,142 trilhões no mês passado, recuo de 0,8%.

Em abril, o indicador superou pela primeira vez a barreira de R$ 6 trilhões. Mesmo com a queda em julho, o Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) caiu 0,74%, passando de R$ 5,957 trilhões em junho para R$ 5,913 trilhões em julho. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 89,86 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis prefixados, que costumam vencer no primeiro mês de cada trimestre. A queda na DPMFi só não foi maior porque houve a apropriação de R$ 45,7 bilhões em juros.

Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,25% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 134,347 bilhões em títulos da DPMFi. Com o alto volume de vencimentos em julho, os resgates somaram R$ 224,207 bilhões. A diferença entre as emissões e os resgates foi a maior desde janeiro deste ano, quando o vencimento de títulos prefixados bateu recorde.

No mercado externo, a queda do dólar em julho aumentou o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 2,17%, passando de R$ 234,04 bilhões em junho para R$ 228,96 bilhões em julho. O principal fator foi o recuo de 1,61% da moeda norte-americana no mês passado.

Colchão

Após subir em junho, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) voltou a caiu em julho. Essa reserva passou de R$ 1,118 trilhão em junho para R$ 991,85 bilhões no mês passado. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi o alto resgate líquido (resgates menos emissões) motivada pelo alto volume de vencimentos em julho.

Atualmente, o colchão cobre 8,28 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,119 trilhão em títulos federais.

Composição

O alto volume de vencimentos mudou a composição da DPF. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos caiu levemente, de 39,52% em junho para 41,2% em julho. O PAF prevê que o indicador feche 2023 entre 38% e 42%. Até recentemente, esse tipo de papel atraiu o interesse dos compradores por causa das recentes altas da Taxa Selic, mas o percentual pode cair nos próximos meses por causa do ciclo de queda nos juros básicos da economia, que começou a ser reduzida em agosto.

Por causa do grande volume de vencimentos, a fatia de títulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) caiu, passando de 27,04% para 24,65%. O PAF prevê que a parcela da Dívida Pública Federal corrigida por esse indicador terminará o ano entre 23% e 27%.

Nos últimos meses, o Tesouro tinha voltado a lançar mais papéis prefixados, por causa da diminuição da turbulência no mercado financeiro, mas a volta das instabilidades pode comprometer as emissões nos próximos meses. Esses títulos têm demanda maior em momento de estabilidade econômica.

A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF subiu, passando de 29,46% para 30,21%. O PAF prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 29% e 33%.

Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública passou de 3,99% para 3,93%. A dívida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2023, entre 3% e 7%.

Detentores

As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 29,2% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,1%, e os fundos de pensão, com 23,1%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

A participação dos não residentes (estrangeiros) caiu, passando de 9,5% em junho para 9,2% em julho, no menor nível desde setembro do ano passado. O percentual continua menor que em fevereiro, quando a fatia dos estrangeiros na dívida pública estava em 9,8%. Os demais grupos somam 14,3% de participação.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Congelamento de R$ 15 bi no Orçamento será oficializado nesta segunda

Congelamento de R$ 15 bi no Orçamento será oficializado nesta segunda

Balança comercial tem superávit de U$ 9,767 bilhões em agosto

Balança comercial tem superávit de U$ 9,767 bilhões em agosto

Dívida Pública fica em R$ 6,91 tri em maio, aumento de 3,1% no mês

Dívida Pública fica em R$ 6,91 tri em maio, aumento de 3,1% no mês

Linhas para socorrer empresas gaúchas terão juros de 6% a 12% ao ano

Linhas para socorrer empresas gaúchas terão juros de 6% a 12% ao ano

BC alerta sobre golpistas que prometem resgate de recursos esquecidos

BC alerta sobre golpistas que prometem resgate de recursos esquecidos

Haddad se diz otimista com regulamentação da reforma tributária

Haddad se diz otimista com regulamentação da reforma tributária

Toyota deve investir R$ 11 bilhões no Brasil

Toyota deve investir R$ 11 bilhões no Brasil

diversificação na carteira e aportes pontuais são escolha de 16% dos investidores

diversificação na carteira e aportes pontuais são escolha de 16% dos investidores

Ibovespa fecha em queda de 0,86%, aos 127 mil pontos, com Vale em queda e NY sem direção

Ibovespa fecha em queda de 0,86%, aos 127 mil pontos, com Vale em queda e NY sem direção

balanços e Oriente Médio ampliam tensão com economia

balanços e Oriente Médio ampliam tensão com economia

Adiada exigência de visto de turistas da Austrália, Canadá e dos EUA

Adiada exigência de visto de turistas da Austrália, Canadá e dos EUA

3 impactos das queimadas e da seca severa na economia

3 impactos das queimadas e da seca severa na economia

é melhor entregar a declaração no começo ou no fim do prazo?

é melhor entregar a declaração no começo ou no fim do prazo?

Fundo Clima vai financiar projetos com juros de 1% a 8% ao ano

Fundo Clima vai financiar projetos com juros de 1% a 8% ao ano

Como declarar LCI e LCA no Imposto de Renda?

Como declarar LCI e LCA no Imposto de Renda?

Bolsa cai pela 10ª vez e tem maior sequência de baixas em 39 anos

Bolsa cai pela 10ª vez e tem maior sequência de baixas em 39 anos