As eleições gerais nos Estados Unidos estão no centro das atenções dos mercados globais nesta terça-feira, 5. Também é o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve anunciar um novo aumento da taxa Selic amanhã. O anúncio sobre o corte de gastos do governo federal também segue no foco dos investidores locais.
Uma enxuta agenda econômica traz o índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços e composto do Brasil e Estados Unidos, discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, além de balanços trimestral de Gerdau, Prio e Telefônica Brasil.
Exterior
O dólar cai ante pares rivais e os juros dos Treasuries têm viés de alta com a indefinida eleição americana no foco, cujo resultado só sairá nos próximos dias. O agregador de pesquisas da ABC News apontava Kamala Harris com 48% das intenções de voto e Donald Trump com 46,8% nesta manhã. Em seu último discurso de campanha, Kamala disse que as eleições devem ser as mais acirradas da história, mas que o “ímpeto” está do lado dela.
Já Donald Trump repetiu denúncias falsas sobre fraudes eleitorais e voltou a associar a presença de imigrantes à criminalidade. Resultados quase completos são esperados na Geórgia, Carolina do Norte e Michigan ainda nesta noite.
Nas bolsas, predominam sinais positivos. A Boeing se destaca no pré-mercado em Nova York, após trabalhadores aprovarem nova proposta de ajuste salarial, encerrando greve. O humor também dependerá da evolução do pleito em meio à espera da decisão de juros do Federal Reserve (Fed) desta quinta-feira, 7, para a qual há consenso de corte de 25 pontos-base.
Brasil
Sem indicadores de peso na agenda e à espera da decisão do Copom de amanhã, os ativos locais devem ser conduzidos pela reação externa às notícias da eleição nos EUA em meio à espera do anúncio do pacote fiscal no Brasil.
Na Bolsa, vários resultados trimestrais devem repercutir, como de BB Seguridade e Itaú Unibanco. Os ADRs de Vale (+0,74%) e Petrobras (+1,67%) subiam no pré-mercado em meio altas do minério de ferro e petróleo.
Em relação ao corte de gastos, o Ministério da Fazenda informou ontem à noite que as propostas em discussão foram apresentadas e compreendidas na reunião desta segunda-feira, 4, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros. Outros ministérios serão convocados hoje pela Casa Civil para participar do debate, sem detalhar quais. O mercado deve continuar cobrando um anúncio logo do pacote de medidas.
*Agência Estado
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