O Ibovespa encerrou em alta firme a sessão desta terça-feira, acompanhando o fôlego renovado das bolsas de Nova York, após o pânico nos mercados globais na sessão anterior.
A recuperação ocorre à medida em que a preocupação em torno de uma possível recessão nos Estados Unidos é deixada em segundo plano pelos investidores.
Ibovespa hoje
No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,80%, aos 126.267 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 125.261 pontos e, nas máximas, os 126.966 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 17,17 bilhões no Ibovespa e R$ 22,45 bilhões na B3.
As ações de bancos e de exportadoras de commodities ajudaram a impulsionar o índice, como é o caso de Itaú PN e Bradesco PN que subiram 2,22% e 3,31%, respectivamente.
Já os papéis ordinários da Vale avançaram 0,51%, enquanto os preferenciais da Petrobras subiram 1,74% e os ordinários 2,09%, em meio à alta do petróleo no mercado internacional.
Dólar hoje
O dólar encerrou a sessão em forte queda de mais de 1%, o que deu ao real o melhor desempenho do dia entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
O tom conservador da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ampliou o movimento positivo que já era esperado pelo alívio dos ativos de risco no exterior, após o amplo movimento de “risk-off” da véspera.
Ao fim da sessão, o dólar à vista exibia queda de 1,48%, a R$ 5,6561, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,7125 e a mínima de R$ 5,6308. Já o euro comercial recuou em ritmo ainda mais forte, de 1,74%, a R$ 6,1824.
No exterior, o dólar se fortalecia contra moedas pares e não firmava direção única ante pares do real. Por volta de 17h10, o índice DXY avançava 0,25%, a 102,945 pontos, enquanto o dólar tinha alta de 0,94% contra o peso mexicano, recuava em ritmo forte de 0,97% ante o peso chileno e cedia 0,61% no confronto com o peso colombiano.
Bolsas de Nova York
As principais bolsas de Nova York fecharam em alta firme, chegando a registrar ganhos de mais de 2% ao longo da sessão, em um dia de recuperação após o forte sell-off que tomou conta dos mercados globais no início da semana.
O movimento anterior e que foi contido hoje foi despertado pelos temores de que os Estados Unidos possam estar a caminho de uma recessão, após, na sexta-feira, dados fracos de emprego no país terem preocupado os investidores.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,76%, a 38.997,66 pontos; o S&P 500 avançou 1,04%, a 5.240,03 pontos; e o Nasdaq teve alta de 1,03%, a 16.366,86 pontos.
O setor de tecnologia foi destaque na recuperação. Assim, papéis de big techs, que foram mais atingidos por perdas nos últimos dias, avançaram e impulsionaram os índices. A Nvidia avançou 3,78%, enquanto a Meta Platforms subiu 3,86% e a Microsoft teve alta de 1,13%
Bolsas da Europa
A maioria dos principais índices acionários europeus fecharam a terça-feira (6) em alta, com os mercados se recuperando de parte das fortes perdas causadas pelo “sell-off” global da véspera, motivado pelos temores de que os Estados Unidos possam estar a caminho de uma recessão.
O índice Stoxx 600 subiu 0,29%, a 488,44 pontos, com o setor de tecnologia liderando os ganhos ao valorizar 1,8%. O DAX, de Frankfurt, avançou 0,09%, a 17.354,22 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou alta de 0,23%, a 8.026,69 pontos. Na contramão de seus pares, o CAC 40, de Paris caiu 0,27%, para 7.130,04 pontos.
“Os movimentos violentos do mercado nas últimas sessões representam uma oportunidade de compra”, disse Mohit Kumar, economista da Jefferies, em nota.
Contudo, os ganhos foram limitados após dados mostrarem que as vendas no varejo caíram 0,3% em junho em relação a maio na zona do euro. Na base anual, a queda também foi de 0,3%. O consenso era de uma alta de 0,2% nas vendas em junho ante maio.
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