segunda-feira, 19 de maio de 2025
Search

Entidades do setor produtivo consideram tímido corte da Selic

Entidades do setor produtivo consideram tímido corte da Selic

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O corte de meio ponto percentual na taxa Selic (juros básicos da economia) recebeu críticas das entidades do setor produtivo. Segundo representantes da indústria e as centrais sindicais, os juros continuam altos, travando a economia e encarecendo o crédito.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou de “injustificável” a decisão desta quarta-feira (31) do Comitê de Política Monetária (Copom). Em nota, o presidente da entidade, Ricardo Alban, o Banco Central deve ter maior compreensão da realidade brasileira. Ele pediu mais ousadia no ritmo de queda da taxa Selic para diminuir significativamente o custo financeiro das empresas.

“É necessário e desejável maior agressividade do Copom para que ocorra uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e consumidores. Sem essa mudança urgente de postura, seguiremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos emprego e renda”, criticou Alban. Antes da reunião do Copom, a CNI tinha soltado nota pedindo um corte de 0,75 ponto percentual.

Segundo a CNI, as expectativas para a inflação em 2024 estão abaixo do teto da meta, e o câmbio pode contribuir para controlar a inflação. O comunicado lembrou que o dólar comercial caiu de R$ 5,40 no início de 2023 para R$ 4,90 neste ano.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) emitiu comunicado em que considera crucial a continuidade das reduções da taxa Selic para a economia. No entanto, a entidade afirma que existe espaço para cortes mais intensos.

“O retorno da inflação à meta em 2023 e a desaceleração do índice prévio de janeiro têm provocado reduções nas expectativas inflacionárias, especialmente para o ano de 2024. Os cortes mais acentuados dos juros também se justificam pelos dados de curto prazo, que indicam um cenário de desaceleração da atividade econômica”, avalia a Firjan.

Centrais sindicais

As centrais sindicais também criticaram a diminuição de 0,5 ponto, que chamaram de tímido. A Confederação Única dos Trabalhadores (CUT) relacionou os cortes na taxa Selic à queda do desemprego para 7,8%, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Em nota, a CUT pediu cortes mais agressivos. Para a central sindical, os juros continuam altos e prejudicam medidas do governo para a recuperação da economia. “Não tem como a Selic prosseguir nesses níveis. Como vamos implementar um projeto de reindustrialização no Brasil, investir na saúde, em obras do PAC, como o Estado irá conseguir somar dinheiro para tantas áreas fundamentais, com os juros acima dos 10%?”, pondera a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A Força Sindical tachou de “tímida e insuficiente” a queda de meio ponto percentual na Selic. “Um pouco mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um crescimento expressivo da economia. É um absurdo esta mesmice dos tecnocratas do Banco Central”, destacou a nota da entidade.

“Juros em patamares estratosféricos sangram as riquezas do país, criam enormes obstáculos ao desenvolvimento nacional e comprometem a geração de postos de trabalho e os investimentos sociais. Insistimos que a manutenção dos juros em patamares proibitivos trava a retomada do crescimento econômico”, afirmou em nota o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Dólar sobe para R$ 5,38 e emenda quarta semana de alta

Dólar sobe para R$ 5,38 e emenda quarta semana de alta

Governo pode revisar isenção de imposto de renda para até R$ 5 mil

Governo pode revisar isenção de imposto de renda para até R$ 5 mil

Alckmin destaca compromisso do governo com o arcabouço fiscal

Alckmin destaca compromisso do governo com o arcabouço fiscal

Ibovespa B3 sobe 0,20% e recupera os 123 mil pontos; dólar despenca 2,72% e fecha a R$ 5,75

Ibovespa B3 sobe 0,20% e recupera os 123 mil pontos; dólar despenca 2,72% e fecha a R$ 5,75

Encontros temáticos do G20 abrem mês de julho no Rio de Janeiro

Encontros temáticos do G20 abrem mês de julho no Rio de Janeiro

Imposto reduzido para remédios elevará alíquota total, diz Haddad

Imposto reduzido para remédios elevará alíquota total, diz Haddad

Serviços variam 0,4% em novembro, após três meses no campo negativo

Serviços variam 0,4% em novembro, após três meses no campo negativo

Caixa reabre linha de R$ 300 milhões para microcrédito a empresas

Caixa reabre linha de R$ 300 milhões para microcrédito a empresas

Saiba quais são os feriados e pontos facultativos de 2025

Saiba quais são os feriados e pontos facultativos de 2025

Renda média do trabalho bate recorde no Brasil

Renda média do trabalho bate recorde no Brasil

Brasil não terá horário de verão em 2024. Quais os prós e contras dessa política?

Brasil não terá horário de verão em 2024. Quais os prós e contras dessa política?

estímulos na China não animam; investidores no Brasil aguardam corte de gastos

estímulos na China não animam; investidores no Brasil aguardam corte de gastos

Aneel mantém bandeira tarifária verde para novembro

Aneel mantém bandeira tarifária verde para novembro

Como declarar dependente que morreu ou nasceu

Como declarar dependente que morreu ou nasceu

Governo promete enviar projeto para tirar reoneração da folha de MP

Governo promete enviar projeto para tirar reoneração da folha de MP

Ibovespa fecha em alta de 1,3% e retoma os 128 mil pontos com forte valorização de Vale e Petrobras; dólar cai

Ibovespa fecha em alta de 1,3% e retoma os 128 mil pontos com forte valorização de Vale e Petrobras; dólar cai