segunda-feira, 19 de maio de 2025
Search

Entidades industriais e do comércio divergem sobre manutenção da Selic

Entidades industriais e do comércio divergem sobre manutenção da Selic

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O anúncio da manutenção da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 10,5% ao ano, gerou reações diferentes das instituições ligadas aos setores de indústria e comércio do país. Enquanto para algumas a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central representa restrições à atividade econômica, para outras, reflete a incerteza sobre o equilíbrio das contas públicas.

Em junho, o Copom já havia interrompido a sequência de cortes de juros. Entre agosto do ano passado e março deste ano, houve redução constante de 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, o corte foi de 0,25 ponto percentual.

Veja os posicionamentos das instituições sobre a decisão do Copom:

CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse ser preocupante a manutenção da taxa de juros, por considerar que ela resulta em custo alto do crédito e restringe a atividade econômica brasileira.

“Esperamos que a Selic volte a ser reduzida o quanto antes. A retomada de cortes é fundamental para a redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Caso contrário, seguiremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Firjan

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) entende que incertezas fiscais comprometem a redução da Selic e que a manutenção da taxa reflete um cenário de incertezas econômicas e pressões inflacionárias. A instituição defende que uma retomada sustentável dos cortes de juros depende diretamente do equilíbrio das contas públicas. E que, por mais que congelamento no Orçamento de 2024 tenha gerado alívio, “a ausência de uma agenda estrutural de corte de gastos eleva o risco-país, desvaloriza a moeda local e deteriora as expectativas inflacionárias”.

FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) defende que o Copom acertou na manutenção da Selic e que não havia margem para outra decisão. Segundo o órgão, há uma conjuntura de câmbio pressionado, inflação em nova aceleração e incertezas do cenário fiscal.

Para a FecomercioSP, o contexto pode indicar até a necessidade de elevação dos juros, mesmo que pequena. Apenas um posicionamento fiscal mais claro do governo poderia mudar a situação.

CNC

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) considerou a decisão do Copom prejudicial ao setor produtivo, por encarecer os juros. Mas disse reconhecer que, por causa da deterioração do quadro inflacionário, a medida é importante para a estabilização do cenário macroeconômico. A CNC destacou a alta das vendas no varejo, baixa taxa de desemprego a níveis históricos e renda disponível elevada, o que significaria solidez da atividade econômica e do mercado de trabalho. Por outro lado, reforçou que, apesar do avanço na arrecadação, o cenário fiscal continua gerando preocupações.

Força Sindical

A Força Sindical classificou como absurda a decisão do Copom. Disse que o país continua refém de interesses dos rentistas e que taxas mais altas de juros premiam os especuladores. Em nota, a instituição afirma que o Brasil perde outra chance de apostar na produção, consumo e geração de empregos. E que o pagamento de juros por parte do governo consome e restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do país, bem como os investimentos em educação, saúde, segurança e infraestrutura.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Quais os maiores riscos à economia global, segundo Jakurski, Stuhlberger e Xavier

Quais os maiores riscos à economia global, segundo Jakurski, Stuhlberger e Xavier

Barreiras comportamentais ainda são desafio para estimular investimentos ESG, afirmam especialistas

Barreiras comportamentais ainda são desafio para estimular investimentos ESG, afirmam especialistas

Inclusão financeira e renegociação de dívidas são debatidas no G20

Inclusão financeira e renegociação de dívidas são debatidas no G20

Petrobras: Prates pede que conselho avalie fim de mandato

Petrobras: Prates pede que conselho avalie fim de mandato

Desenrola leva mais de 5 mil pessoas aos Correios para negociar dívida

Desenrola leva mais de 5 mil pessoas aos Correios para negociar dívida

Gabriel Galípolo é indicado por Lula para presidir o Banco Central

Gabriel Galípolo é indicado por Lula para presidir o Banco Central

Banco Central define novas regras para o Pix a partir de novembro; veja o que muda

Banco Central define novas regras para o Pix a partir de novembro; veja o que muda

Secretária Leany Lemos deixa Ministério do Planejamento

Secretária Leany Lemos deixa Ministério do Planejamento

Rio voltará a ter Bolsa de Valores depois de 20 anos

Rio voltará a ter Bolsa de Valores depois de 20 anos

Precatórios elevam déficit anual do governo central para R$ 230,54 bi

Precatórios elevam déficit anual do governo central para R$ 230,54 bi

Alckmin diz que governo tem “absoluta confiança” de que dólar vai cair

Alckmin diz que governo tem “absoluta confiança” de que dólar vai cair

B3 abre consulta pública sobre mudanças de regras do Novo Mercado

B3 abre consulta pública sobre mudanças de regras do Novo Mercado

União pagou R$ 5,68 bilhões de dívidas de estados no primeiro semestre

União pagou R$ 5,68 bilhões de dívidas de estados no primeiro semestre

Políticos gaúchos defendem investimentos em aeroportos regionais do RS

Políticos gaúchos defendem investimentos em aeroportos regionais do RS

Economia brasileira cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023

Economia brasileira cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023

Lucro da Vale no 3º trimestre cai 15%, para US$ 2,412 bi

Lucro da Vale no 3º trimestre cai 15%, para US$ 2,412 bi