Dados de pedidos de auxílio-desemprego e da balança comercial dos Estados Unidos se juntam a discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) nesta quinta-feira. No Brasil, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa de evento e ainda serão divulgados o saldo comercial de março e o resultado do setor externo de fevereiro.
Exterior espera novos sinais do Fed
O tom é positivo nos índices de ações do ocidente, ecoando expectativas renovadas de que o Fed comece a reduzir os juros em junho, após sinais de enfraquecimento nos dados de serviços dos Estados Unidos, informados ontem. Também nesta quarta, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou que as taxas só cairão quando houver confiança suficiente de que a inflação está indo em direção à meta de 2%. Assim, os rendimentos dos Treasuries avançam levemente, mas o dólar cai ante as principais moedas, com as bolsas europeias avançando após indicadores.
Hoje, há discursos de dirigentes do banco central americano que poderão ajudar nas apostas para a política monetária dos EUA. As bolsas europeias ainda avançam na esteira do PPI da zona do euro menor do que o esperado, além de dados PMIs da zona do euro, da Alemanha e do Reino Unido sugerindo expansão econômica, ficando acima de 50. Agora, os investidores europeus esperam a ata do BCE. Na Ásia, o sinal foi de alta nas bolsas.
Brasil monitora cenário externo e novos dados domésticos
A valorização moderada dos índices futuros de ações de Nova York pode favorecer o Ibovespa. Porém, o recuo do minério de ferro em Cingapura – em Dalian não há negócios por conta de feriado na China – tende a limitar eventual ganho do Índice Bovespa. Ao mesmo tempo, a indefinição do petróleo pode ser um fator de volatilidade na Bolsa, que ainda avalia a afirmação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a retenção dos dividendos extraordinários recentemente pela Petrobras. Os ADRs da estatal cedem no pré-mercado de NY, enquanto os da Vale sobem.
Além de monitorarem o exterior, os ativos domésticos ainda focarão nas divulgações internas, sobretudo o mercado de câmbio. Hoje sairão a balança comercial de março, cuja mediana é de superávit de US$ 6,950 bilhões, e o resultado das contas do setor externo de fevereiro, com déficit estimado em US$ 3,300 bilhões e IDP de US$ 6,900 bilhões.
*Agência Estado