Uma nova reunião para discutir o pacote de aperto fiscal do presidente Lula e ministros está marcada para esta sexta-feira, às 14 horas. As atenções aqui estarão também no IPCA de outubro, que mostrou uma alta de 0,56%. Nos Estados Unidos, a pesquisa da Universidade de Michigan sobre o sentimento e as expectativas de inflação do consumidor será divulgada. Investidores acompanham também o discurso de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed).
Exterior
Os mercados internacionais parecem não ter achado suficiente o anúncio do governo chinês de elevar o teto das dívidas de governos locais em 6 trilhões de yuans (US$ 840 bilhões). Medidas de estímulos à economia ficaram mais urgentes após a vitória de Donald Trump para a presidência dos EUA, já que Trump ameaça impor tarifas de 60% aos produtos importados chineses. Após a notícia, os futuros do petróleo e do cobre aceleraram as perdas para mais de 1%. O yuan se enfraquece ante o dólar. Os ADRS de ações chinesas têm forte queda no pré-mercado em NY: Alibaba Group (e-commerce) -3,28%, Baidu (tecnologia) -2,21% e Li Auto (carros elétricos) -4,88%. Os futuros de NY e as bolsas europeias pioraram após medidas na China, um dia após o Fed e o Banco da Inglaterra (BoE) terem cortado os juros em 25 pontos-base.
Brasil
O sinal negativo em NY pode pesar no Ibovespa em meio ainda às medidas na China e queda das commodities. Perto das 7h20, os ADRs da Vale perdiam 2,50% no pré-mercado em NY, os da CSN caíam 0,46%. A Petrobrás também fica no foco após divulgar balanço.
A maior expectativa é com os cortes de gastos, que poderiam trazer otimismo aos mercados. A possibilidade de o impacto esperado de até R$ 50 bilhões se transformar em algo de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões, como circulou ontem, incomodou o mercado e levou o governo a negar a iniciativa. Mesmo que o pacote seja fechado hoje, é possível que o anúncio fique para a próxima semana para que o governo apresente os planos para o Congresso.
*Agência Estado