A economia dos Estados Unidos criou 303 mil empregos em março, em termos líquidos, segundo relatório publicado hoje pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou bem acima do teto das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 150 mil a 245 mil postos de trabalho, com mediana de 200 mil.
O relatório, conhecido como payroll, mostrou também que a taxa de desemprego dos EUA recuou para 3,8% em março, ante 3,9% em fevereiro.
Em março, o salário médio por hora teve alta de 0,35% em relação a fevereiro, ou US$ 0,12, a US$ 34,69. Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,14% no último mês, levemente superior à previsão de 4,10%.
Os números de emprego nos EUA eram muito esperados pelo mercado, que busca nos indicadores sinais sobre quais serão os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Logo após a divulgação do payroll, a possibilidade de manutenção dos juros em junho avançava de 35,0% para 41,9%.
Na próxima decisão, de 1° de maio, a chance de manutenção estava em 90,7% há pouco, de 89,9% logo antes do dado.
Para André Cordeiro, economista-sênior do Inter, os dados “continuam indicando uma retomada da economia americana”. Segundo ele, o setor de construção foi um destaque, o que reforça a visão de retomada do ciclo e afasta os temores de recessão. “De modo geral, o resultado do Payroll foi mais uma vez bastante forte, e aumenta a incerteza sobre os próximos passos da política monetária americana”.
Luis Otávio Leal, sócio e economista-chefe da G5 Partners, reforçou que este “é o terceiro mês seguido que a gente teve uma alta da média móvel trimestral, e esse é o maior nível desde março de 2023”. Segundo ele, o próximo dado que será acompanhado com atenção é o número de inflação, CPI, na semana que vem.
*Com informações da Agência Estado
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