As atenções dos mercados ficam hoje nos indicadores de emprego dos Estados Unidos – relatório ADP de criação de vagas no setor privado e pedidos de auxílio-desemprego – em véspera de payroll, além dos índices de gerente de compras (PMIs) de serviços de agosto. Palestra com o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, fica no radar e a agenda local traz ainda os números do Governo Central em julho e da balança comercial de agosto.
Exterior
O humor é misto nas praças internacionais com investidores atentos à situação econômica dos Estados Unidos e os indicadores de hoje podem ajudar a dar um norte, embora a expectativa maior seja com o relatório de emprego oficial dos EUA, que sai amanhã. Ontem, a abertura de vagas aquém do esperado no país reforçou o temor de que os EUA possam entrar em recessão, apesar da consolidada expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) este mês. Os futuros de Nova York rondam a estabilidade e o sinal é misto nas bolsas europeias.
Entre as commodities, o petróleo sobe, mas o minério de ferro fechou em queda de 2,58% na Bolsa de Dalian, na China. Na Alemanha, as encomendas à indústria da subiram 2,9% em julho ante junho, bem acima das expectativas de analistas consultados pela FactSet, que previam queda de 1,9% no período. No Japão, o BC sinalizou que deve continuar aumentando as taxas de juros se confirmar que tendências econômicas positivas, como crescimento salarial, estão firmemente estabelecidas, disse o dirigente da autoridade monetária Hajime Takata.
Brasil
Na esteira dos futuros de Nova York, o fôlego pode ser limitado também no Ibovespa. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, caía 0,03% no pré-mercado em Nova York há pouco. Os números do Governo Central estão na mira do mercado hoje, diante das preocupações com a deterioração das contas públicas. A mediana apontada pela pesquisa do Projeções Broadcast é de um primário negativo em R$ 7,135 bilhões. E o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem tido conversas com a oposição no Senado antes de sua sabatina para a presidência do BC, marcada para outubro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que concedia isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a móveis e eletrodomésticos da linha branca destinados “aos residentes em áreas atingidas por desastres naturais ou eventos climáticos extremos”, segundo publicado há pouco no Diário Oficial.
*Agência Estado