A agenda da semana é bem carregada, com ata do Copom, IPCA-15, Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e dados do Governo Central em destaque no Brasil. Hoje o Ministério do Planejamento detalha em coletiva o 4º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Lá fora, é esperada a leitura da inflação pelo PCE dos Estados Unidos em agosto e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Nesta segunda-feira são esperados comentários do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic; além de Austan Goolsbee (Chicago) e Neel Kashkari (Minneapolis), e da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. Ainda nos EUA tem o PMI composto pela S&P Global.
Exterior
Prevalece o sinal negativo nas bolsas internacionais nesta manhã em meio a indicadores de atividade na Europa, petróleo misto e queda do minério de ferro. O dólar sobe ante o euro e libra após índice de gerentes de compras (PMIs) fracos na Europa. O PMI composto da zona do euro caiu ao menor patamar em oito meses, abaixo da expectativa. O do Reino Unido também ficou abaixo do esperado, enquanto o PMI composto da Alemanha recuou ao menor nível em sete meses.
Na China, o PBoC, como é conhecido o BC chinês, reduziu hoje a taxa de recompra reversa de 14 dias em 10 pontos-base, após decepcionar com a manutenção de seus juros principais no fim da semana passada e a maioria das bolsas na Ásia fechou em alta.
As tensões geopolíticas ficam no radar. A Força Aérea de Israel realizou dezenas de ataques na manhã desta segunda-feira no sul do Líbano, segundo a mídia estatal e militares. A onda de ataques aéreos ocorreu um dia após o Hezbollah disparar mais de 100 foguetes contra o norte de Israel, alguns dos quais caíram nas proximidades da cidade de Haifa.
Brasil
A queda dos futuros de Nova York e recuo de 4,50% do minério de ferro tendem a pesar no Ibovespa nesta segunda-feira, enquanto o real pode ficar mais pressionado, uma vez que o dólar sobe ante maioria das moedas emergentes, como peso mexicano e lira turca.
Com o fiscal no radar, o mercado fica atento à notícia de que o governo Lula decidiu rever o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no orçamento após projetar uma melhora na arrecadação de 2024, mesmo com frustrações na entrada de receitas extraordinárias. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na sexta-feira que o volume de recursos congelados no orçamento deste ano foi reduzido, de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões, por causa do melhor desempenho das contas públicas. O ministro assinalou que, apesar da desoneração da folha de pagamentos e dos lobbies, o governo está conseguindo repor tudo o que foi retirado do Orçamento com base nas regras fiscais vigentes.
*Agência Estado