A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é destaque no Brasil, em dia de agenda esvaziada no exterior. Também merece atenção a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em São Paulo, onde receberá o “Prêmio Economista do Ano”. Após prejuízo surpreendente no segundo trimestre, a teleconferência da Petrobras gera ainda mais expectativa no mercado.
Exterior
Os mercados de ações do Ocidente avançam. Em Nova York, os índices futuros sobem moderadamente, enquanto na Europa a alta das bolsas tem um pouco mais de força, após o fechamento com sinais divergentes ontem e apesar da recuperação em Wall Street. Na quinta-feira, as bolsas de Nova York tiveram robustos ganhos, após os pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos aliviarem temores de recessão da economia que recentemente geraram turbulência nos mercados globais. Os rendimentos dos Treasuries operam em baixa, depois de subirem por três sessões consecutivas. Já o dólar tem estabilidade em relação ao euro e ao iene, assim como o petróleo. Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em alta. Na China Continental, contudo, os índices encerraram em baixa a despeito do avanço do índice de preços ao consumidor chinês de julho sugerir fortalecimento do gigante asiático.
Brasil
O tom positivo dos mercados de ações em Nova York e na Europa pode estimular alta do Ibovespa, que ontem subiu e fechou na marca dos 128 mil pontos seguindo o bom humor em Wall Street. A alta das commodities – o minério subiu 0,27% e Dalian, na China, e o petróleo Brent avança em torno de 0,10% – é gatilho à elevação do principal indicador da Bolsa brasileira. Ainda, a safra de balanços do segundo trimestre deve ficar no foco, com destaque ao prejuízo surpreendente da Petrobras que é risco a uma eventual elevação do Índice Bovespa. Os ADRs da estatal caíam 1,34% por volta das 7 horas no pré-mercado de Nova York, mas os da Vale e o EWZ subiam.
Outro fator de atenção não só na bolsa mas em todos os mercados é a inflação de julho medida pelo IPCA, que mostrou aceleração e tende a pressionar a curva futura, apesar do recuo dos rendimentos dos Treasuries, e em meio a sinais de alta da taxa Selic pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo. A sinalização, contudo, pode ser bem vista no sentido de restaurar a credibilidade do BC. Ainda fica no foco o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em cerimônia de premiação em São Paulo. Já o dólar ante o real pode ter variações comedidas, em linha com o exterior.
*Agência Estado
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