A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de fevereiro e a reunião trimestral do BC com economistas são destaques internos. Lá fora, é dada a largada da safra de balanços do primeiro trimestre dos Estados Unidos com destaque aos bancos JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup. Ainda sairão expectativas dos consumidores americanos para a economia e a inflação e tem a participação de dirigentes do Fed em eventos.
Exterior
Os rendimentos longos dos Treasuries se ajustam em queda após avançaram ontem, depois que dirigentes do Fed reforçaram postura cautelosa em relação aos próximos passos da política monetária. Os curtos também cedem. Hoje, alguns diretores da autoridade monetária americana voltam a falar e ainda ficam no foco as expectativas dos consumidores para a economia e a inflação da Universidade de Michigan.
A Blackrock foi a primeira a divulgar balanço hoje nos EUA, com um lucro acima do esperado, puxando para cima as ações da empresa. Já os índices futuros de ações têm sinais destoantes em Nova York, com o Nasdaq cedendo depois de ter atingido novo pico histórico ontem.
O petróleo avança após o crescimento da tensão geopolítica e do relatório da AIE. O dólar também sobe ante o euro e a libra, bem como as bolsas europeias. Os mercados digerem o arrefecimento da inflação alemã e o aumento da produção industrial do Reino Unido. Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em queda, com a de Hong Kong derrubada por dados fracos de exportação da China. As exportações chinesas cederam 7,5%, contrariando a expectativa de alta de 0,1%.
Brasil
A indefinição dos índices futuros de ações em Nova York nesta manhã pode atrapalhar uma eventual recuperação do Ibovespa, após cair 0,51%, aos 127.396,35 pontos ontem. Ao mesmo tempo, novos sinais de desaceleração chinesa podem inibir uma possível alta do principal indicador da B3. No entanto, a valorização superior a 1,00% do petróleo e de 3,12% do minério de ferro em Dalian, na China, são gatilhos de elevação ao Ibovespa, o que faria fechá-lo com ganho semanal, após ceder 1,02% na semana passada.
Fica ainda no radar a decisão da Justiça, que suspendeu o presidente do Conselho de Administração (CA) da Petrobras, Pietro Mendes, opositor do CEO Jean Paul Prates. Já o alívio nos rendimentos dos Treasuries pode se replicar na curva brasileira, enquanto os investidores monitoram as reuniões trimestrais dos diretores do BC com economistas e avaliam o volume de serviços em fevereiro, cuja mediana é de alta de 0,2%, após alta de 0,7% em janeiro. Juntamente com as incertezas em relação aos juros dos EUA, o dado de atividade, depois do forte varejo divulgado ontem, pode elevar o debate de uma Selic terminal maior. Já o real pode se ajustar em baixa, em meio ao avanço persistente do dólar no exterior, após o dólar futuro tocar R$ 5,10 ontem.
*Agência Estado