Uma forte oscilação nos preços dos ativos do Ibovespa marcou a sessão de hoje, em um dia de liquidez muito baixa. O índice encerrou perto da estabilidade, com queda de 0,03%, aos 122.447 pontos, depois de oscilar entre os 122.196 pontos e os 122.908 pontos. Na semana, a alta foi de 0,08%.
Ibovespa hoje
O avanço de ações de commodities ligadas à China, como a Vale, ajudou a reduzir as perdas em um pregão em que os papéis da Petrobras e de alguns bancos recuaram.
Eventuais medidas a serem tomadas pelo governo para reduzir o preço dos alimentos seguiram no foco do momento. Assim como sinais de que a postura mais dura do presidente americano, Donald Trump, pode ser deixada de lado nas negociações com a China animaram os investidores.
Apoiada pela subida nos preços do minério de ferro em Dalian e pela perspectiva mais positiva para a relação entre os dois países no quesito tarifário, as ações da Vale subiram 1,36%.
Da mesma forma, os papéis da CSN dispararam 5,09%, seguidos pelas ações da Usiminas, que tiveram alta de 1,55%.
Por outro lado, as ações da CVC lideraram as perdas, com uma queda de 2,73%. O dia também foi negativo para as ações da Petrobras: as PN recuaram 0,52%, enquanto as ON tiveram perdas de 0,29%.
O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 10,7 bilhões, bem abaixo da média diária de R$ 14,9 bilhões vista nos primeiros 16 pregões deste ano, e de R$14,5 bilhões na B3.
Dólar hoje
O dólar à vista registrou a quinta sessão seguida de queda, ainda que a moeda americana hoje tenha caído com mais força no exterior e em mercados pares. Enquanto aqui se afastou da mínima do dia após o governo anunciar que discutirá medidas para conter preços de alimentos.
Operadores dizem que mesmo que os ministros digam que não haverá medidas heterodoxas, uma desconfiança permanece no radar. Apesar desse incômodo final, o dólar encerrou em queda, acumulando na semana retração de 2,43%.
Encerradas as negociações, o dólar á vista fechou em queda de 0,13%, cotado a R$ 5,9180, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,8670 e batido na máxima de R$ 5,9245.
Já o euro comercial exibiu valorização de 0,57%, a R$ 6,2096. No exterior, perto das 17h10, o índice DXY caía 0,53%, aos 107,478 pontos.
Bolsas de Nova York
Os principais índices de ações de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, dando uma pausa ao rali da semana, que foi motivado pela leitura de que o presidente dos EUA, Donald Trump, se mostrou menos agressivo quanto à política tarifária americana.
Ele chegou a dizer, em entrevista à Fox News, que preferiria não usar tarifas contra a China. No entanto, essa visão não é unânime, e parte do mercado ainda está incerto sobre isso.
“Embora alguns ainda argumentem que Trump está usando ameaças agressivas de tarifas como uma moeda de barganha geopolítica, essa visão se torna menos convincente à medida que ele começa a falar sobre as tarifas como uma fonte de geração de receita”, escrevem economistas da Capital Economics em nota, citando o discurso de Trump ontem em Davos, no qual ele disse que o aumento nas tarifas seria positivo para reduzir a dívida dos EUA.
No fechamento de hoje, o índice Dow Jones caiu 0,32%, aos 44.424,25 pontos, o S&P 500 recuou 0,29%, aos 6.101,24 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,50%, aos 19.954,301 pontos. Isso, no entanto, não impediu os índices de fecharem a semana no positivo, acumulando ganhos de 2,15%, 1,74% e 1,65%, respectivamente.
Entre os setores do S&P 500, comunicação e serviços públicos apresentaram as maiores altas, enquanto tecnologia e energia lideraram as perdas.
Na temporada de balanços, as ações da Texas Intruments fecharam em forte baixa de 7,52%, na maior queda dentro do Nasdaq, após a empresa anunciar projeções fracas para o próximo trimestre.
Já a American Express recuou 1,46% depois de divulgar seus balanços trimestrais, que vieram em linha com o esperado pelo mercado.
Na segunda-feira, a AT&T está entre as empresas que abrem seus números ao mercado.
Bolsas da Europa
As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda nesta sexta-feira, devolvendo os ganhos vistos mais cedo.
Os principais índices de ações eram impulsionados pela percepção de que o presidente dos EUA, Donald Trump, estaria adotando uma postura mais branda em relação a suas ameaças de tarifas aos parceiros comerciais do país.
Em entrevista à Fox News, ele disse que preferiria não usar tarifas contra a China e, até agora, não anunciou tarifas sobre produtos europeus.
Por outro lado, os rendimentos dos títulos públicos da zona do euro subiram após a leitura mais recente do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), divulgada nesta sexta-feira.
O PMI composto da zona do euro subiu para 50,2 pontos em janeiro, acima do consenso dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal. No Reino Unido, houve um avanço para 50,9, também superando expectativas. Já na Alemanha, o indicador acelerou a 50,1%, também acima do esperado. Os dados são preliminares.
Ariane Curtis, economista sênior da Capital Economics, diz que a leitura de hoje mostra que a atividade econômica permanece fraca na Europa, mas as pressões sobre os preços estão aumentando, “o que significa que a maioria dos bancos centrais reduzirá as taxas de juros de forma gradual”, ela escreve, em nota.
No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,06%, aos 530,01 pontos. O FTSE 100, de Londres, teve baixa de 0,73%, aos 8.502,35 pontos, e o DAX, de Frankfurt, recuou 0,08%, aos 21.394,93 pontos. Já o CAC 40, de Paris, subiu 0,44%, aos 7.927,62 pontos.
Na semana que vem, na quinta-feira, o mercado acompanha a próxima decisão do Banco Central Europeu (BCE). É amplamente esperado que a autoridade monetária anuncie mais um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros.
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