O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) manteve a taxa dos Fed Funds em 5,25% a 5,50% ao ano, em decisão anunciada nesta quarta-feira (31/01). A decisão foi unânime era amplamente esperada pelo mercado.
Como não houve novidades, investidores se atentam ao comunicado e à fala de Jerome Powell, presidente do Fed, em busca de sinalizações sobre os próximos passos de política monetária no país.
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Entre os destaques, o Fed afirmou que a economia americana está avançando a um “ritmo sólido“, e que os riscos para atingir o “máximo de emprego” a uma inflação de 2% ao ano estão atingindo um equilíbrio melhor, apesar do futuro “permanecer incerto”.
“O Comitê não espera que seja apropriado reduzir juros até que tenha ganhado mais confiança de que a inflação está voltando de forma sustentada aos 2% ao ano”, afirma o texto, ao pontuar que a taxa de desemprego permaneceu baixa, enquanto a inflação continuou sua trajetória descendente.
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Segundo o comunicado, o Fed vai continuar analisando cautelosamente os próximos dados e a evolução dos riscos, e também permanece com seu plano de reduzir seu balanço de acordo com os planos anunciados anteriormente.
Mudanças no comunicado
A comparação entre o comunicado de hoje e o da reunião anterior, em dezembro, revela algumas mudanças na linguagem escolhida pela autoridade monetária. Logo no primeiro parágrafo, o Fed alterou a avaliação sobre o desempenho da economia dos Estados Unidos de “desacelerou” para “tem se expandido em ritmo sólido”.
O banco central americano removeu o trecho que, em notas anteriores, reforçava a “segurança e resiliência” do sistema bancário e também alertava para os riscos de que o aperto das condições financeiras viesse a pesar sobre a atividade, contratações e inflação.
Reação do mercado
Logo após o anúncio da manutenção dos juros no patamar atual, os rendimentos dos Treasuries e o dólar ganharam. Em contrapartida, as bolsas de Nova York sofreram pressão, acelerando queda.
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Durante sua fala, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçou que os juros devem ser cortados ao longo deste ano. Segundo ele, no entanto, ainda é preciso avançar no combate à inflação nos Estados Unidos. Powell também citou a sequência de indicadores fortes da economia norte-americana que foram divulgados ao longo do mês de janeiro. Segundo ele, um corte em março é “improvável”.
*Com Agência Estado
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