Marco mais esperado dos próximos dias, a divulgação do pacote de corte de gastos do governo é esperada esta semana, provavelmente depois das reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os líderes da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Também no radar dos investidores, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, profere palestra nesta segunda-feira, 18. Na quarta é feriado da Consciência Negra no País e, nos dias seguintes, serão publicados o relatório bimestral de receitas e despesas e os dados da arrecadação federal.
No exterior, serão acompanhados os índices de gerentes de compras (PMIs) composto, de serviços e industrial da Europa, EUA, Japão, além da pesquisa da Universidade de Michigan sobre sentimento do consumidor e expectativas de inflação e o balanço da Nvidia.
Exterior
Os índices futuros em Nova York tentam uma recuperação, após Wall Street reagir em baixa na sexta à menor expectativa de corte nas taxas de juros em dezembro, após sinais de membros do Fed e dados de vendas no varejo. Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “parece inteligente” seguir com corte de juros mais lentamente, se os dados permitirem.
Os rendimentos dos Treasuries estão mistos, mas os longos seguem ganhando. Já o dólar mostra alívio ante euro e libra após o salto de 1,60% do DXY na semana passada, com a expectativa de que as políticas do presidente eleito, Donald Trump, impulsionarão a inflação, resultando em menos cortes nas taxas americanas. O iene segue pressionado, após o presidente do Banco do Japão alertar que examina como o iene enfraquecido pode afetar a perspectiva de preços.
Brasil
No cenário local, o Ibovespa pode ter desempenho contido em meio ao exterior morno e alta das commodities. O ETF brasileiro EWZ caía 0,07% no pré-mercado em NY às 6h30. O ADR da Vale subia 0,61% em meio à alta de 1,87% do minério de ferro na China, enquanto o da Petrobras estava estável ante alta de cerca de 0,8% dos preços do petróleo.
O boletim Focus e Campos Neto serão monitorados, bem como as reuniões do G20 e as notícias do plano fiscal, que podem mexer com câmbio e juros futuros.
Foco da semana, em entrevista à CNBC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote de cortes de gastos “está fechado” com o presidente Lula e que o anúncio ocorrerá “brevemente”. “Nós estamos trabalhando no plano da despesa, moderar a expansão, para caber dentro das regras fiscais, e do ponto de vista da receita, recompor o que foi perdido ao longo desses dez anos.” De acordo com o ministro, as medidas vão possibilitar a queda dos juros e o aproveitamento do que chamou de “onda de desenvolvimento”.
*Agência Estado
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