terça-feira, 20 de maio de 2025
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Galípolo indica o que deve influenciar a próxima decisão da Selic

No último pregão de outubro, Ibovespa cai 0,71% e fecha mês com perda de 1,59%; dólar sobe 0,31% e tem alta mensal de 6,14%

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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que, dado o cenário atual, faz sentido permanecer com as taxas de juros “em patamar restritivo por um tempo mais prolongado do que usualmente se costuma praticar”. Galípolo participou de evento promovido pelo Goldman Sachs nesta segunda-feira.

“Com as expectativas desancoradas e cenário que a gente tem assistido, e até com histórico mais recente, faz sentido a gente permanecer com essas taxas de juros em um patamar restritivo por um tempo mais prolongado do que usualmente se costuma praticar”, disse.

A ata da última reunião do Copom apontou que os “vetores inflacionários” continuam adversos, mencionando uma resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, expectativas de inflação desancoradas e projeções de inflação elevadas.

O colegiado destacou que esse cenário “prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado”.

O Copom ainda destacou três fatores principais que deve seguir acompanhando: o ritmo da atividade, o repasse do câmbio para a inflação e as expectativas de inflação.

No evento, Galípolo apontou que o país está indo para o quarto ano com taxa de crescimento acima de 3% com taxa de juros nominal em dois dígitos. O presidente do BC apontou que uma diferença neste ano é que não estão se vendo várias revisões de crescimento para cima como nos anos anteriores.

“Tentamos não deixar dúvida sobre qual é a nossa função de reação e como vamos reagir e o compromisso com a meta de inflação e da estabilidade monetária a partir da reação que nós fizemos, mas acho que isso colabora nesse processo de você não estar vendo as revisões que foram feitas ao longo doa nos anteriores”, disse.

Segundo o presidente do BC, o momento é mais de falar como o Copom vai reagir do que “o que nós vamos fazer”.

Galípolo disse que é normal ver discussões sobre o prazo de manutenção da taxa de juros em patamar restritivo. “Nesse nível que a gente está, começa a ter peso maior, como estão sendo colocadas nas análises, o período que você permanece do que efetivamente essa calibragem na questão da convergência para a inflação, a gente acha que isso é normal.”

Próximos passos da Selic, segundo Galípolo

O presidente do Banco Central afirmou que, pelo nível de incerteza e volatilidade do cenário, a autoridade monetária quer guardar a flexibilidade para poder ter a reação necessária ao longo do desenrolar dos fatos.

“A nossa posição hoje é a de entender que a taxa de juros migrou para patamar contracionista independente da taxa de juros neutra que você possa estar notando. Acho normal também nesse momento de calibragem da política monetária, lógico, a gente guardou essa flexibilidade justamente pelo nível de incerteza e volatilidade que a gente tem, a gente quer guardar a flexibilidade para poder ter a reação que for necessária conforme os fatos forem se desenrolando”, disse.

Galípolo também disse que é normal em momentos “de inflexão”, em que há mais dependência de dados, ver sinais que “podem ser dissonantes” pela forma de funcionamento dos canais de política monetária. O presidente do BC exemplificou que medidores de confiança podem dar alguma indicação de futura desaceleração, e os dados de crédito podem mostrar alguma moderação, “mas ao mesmo tempo vai ver mercado de trabalho ainda resiliente, inflação de serviços ainda resiliente”, disse.

“Importante você olhar menos para a volatilidade de um mês específico e conseguir ir reunindo informações com a devida parcimônia e cautela para ver qual tendencia que está sendo apontada”, disse.

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano na última reunião. Para a próxima reunião, o colegiado indicou que o cenário de “elevada incerteza”, em conjunto com o avançado estágio no ciclo de ajuste dos juros com os impactos ainda a serem observados, demanda “cautela adicional” e “flexibilidade” para incorporar os dados que impactem a dinâmica da inflação.

“Esse ‘front loading’ que a gente fez do ponto de vista de elevação da taxa de juros nos coloca nessa posição de poder analisar e poder ver qual vai ser o comportamento e a dinâmica vai se desenrolar do processo inflacionário”, disse Galípolo. Ele reforçou ainda que o Copom está atento ao cenário inflacionário.

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Fonte: B3 – Bora Investir

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