quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Search

Haddad diz que é preciso insistir em acordo Mercosul-União Europeia

Haddad diz que é preciso insistir em acordo Mercosul-União Europeia

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (27), em São Paulo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai continuar insistindo em uma maior aproximação com a União Europeia. Para Haddad, um acordo entre o Mercosul e a União Europeia será benéfico para as duas partes e deve se fortalecer nos próximos anos.

A fala do ministro foi durante o 8º Fórum Econômico Brasil-França, que está sendo realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O evento conta com a presença do presidente da França, Emmanuel Macron, que é um dos críticos ao acordo entre Mercosul e União Europeia. Ele foi recebido no local pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. 

Haddad comparou um possível acordo entre o Mercosul e a União Europeia com a aprovação da reforma tributária no Brasil. Segundo ele, o Brasil demorou 40 anos para aprovar a reforma tributária que “colocou um ponto final no caos tributário”. “Não devemos desistir desse acordo. Se foi possível aprovar a reforma tributária depois de 40 anos, por que não, depois de 20 [anos] aprovar um bom acordo União Europeia e o Mercosul?”, questionou o ministro.

No evento, que reuniu empresários e representantes dos governos dos dois países, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Antonio Ricardo Alvarez Alban, defendeu um avanço no acordo entre o Mercosul e a União Europeia. 

“Reconhecemos alguns desafios que tanto o Brasil quanto a França enfrentam em relação ao tratado. Entretanto, estamos confiantes de que, a longo prazo, os benefícios da integração das duas regiões vão superar as adversidades iniciais, proporcionando expressivos ganhos para Brasil e França e para os demais signatários do acordo”, disse.

A ideia foi reforçada pelo presidente da Fiesp, Josué Gomes. “O acordo comercial Brasil-Mercosul e União Europeia trará benefícios para as duas regiões, especialmente para a França, país rico em assuntos culturais e de tecnologia”.

Inflação e PIB

Em sua fala, Haddad também citou que a economia brasileira vive um momento macroeconômico favorável, com inflação dentro da meta e crescimento do emprego. “Hoje saiu o resultado do Caged, que apontou que, no mês passado, em apenas um mês, criamos 306 mil novos postos de trabalho no Brasil. Em janeiro, mês regularmente mais fraco, geramos 180 mil postos de trabalho, o dobro do ano passado. Entendemos que a economia seguiu seu curso, sem pressionar os preços se soubermos administrar bem a política econômica”, falou.

Haddad também falou da expectativa do governo sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Nesse ano, as estimativas do governo preveem crescimento de 2,2%, mas elas devem ser revistas para um patamar de 2,5% para cima. Devemos surpreender as estimativas do mercado”, disse ele. “Estamos criando a infraestrutura econômica para o Brasil aumentar seu PIB potencial, que todos diziam que era menor que 2% até outro dia. Creio que, se o Brasil crescer menos que a média mundial, com as políticas que estão sendo adotadas, alguma coisa errada está acontecendo”, falou.

Para Haddad, a economia brasileira tende a se manter favorável e em crescimento com as reformas que foram encaminhadas para o Congresso e também com a “vantagem do Brasil na transformação ecológica”.

Antes de Haddad, o secretário nacional de transição energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, reforçou a importância da transição energética para o governo brasileiro. “O tema deste encontro, transformação ecológica, é caro para nós. Essa é a visão estratégica que orienta um amplo conjunto de políticas que estamos desenvolvendo [no governo]”, disse ele.

Segundo Barral, com esse processo, o governo brasileiro pretende universalizar e combater a pobreza energética no país. “Esse processo de transição energética precisa ser justo e inclusivo. Estamos falando de investimentos bilionários que vão chegar a várias regiões do país e vão exigir de nós esse compromisso de que o processo seja justo e inclusivo”, acrescentou.

Oportunidades e desafios

Em seu discurso no evento, o presidente da CNI reforçou ainda que o fórum está sendo uma oportunidade para se discutir as oportunidades e os desafios das relações econômicas entre o Brasil e a França. “Além de fortalecer os vínculos entre Brasil e França, podemos oferecer propostas de soluções para questões globais, como a expansão da economia de baixo carbono e o aumento da competitividade das nossas indústrias no cenário mundial”, disse ele, reforçando que o Brasil é o principal mercado para os investimentos franceses em países emergentes.

“Atualmente, a França é o quinto investidor direto no Brasil e tem mais de 1.150 subsidiárias de empresas estabelecidas no país, que empregam 520 mil pessoas e faturam 61 bilhões de euros por ano. A dinâmica das nossas relações econômicas se baseia tanto no comércio quanto no investimento”, falou ele. “Nesse cenário, há espaço para equilibrarmos a balança comercial. A França é o nono maior fornecedor do Brasil. Em contrapartida, o Brasil ocupa o trigésimo sexto lugar na lista dos países que exportam para a França”, completou.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Ibovespa fecha em queda de 1,39% e retorna aos 127 mil pontos; dólar sobe e vai a R$ 5,58

Ibovespa fecha em queda de 1,39% e retorna aos 127 mil pontos; dólar sobe e vai a R$ 5,58

Alckmin diz que governo tem “absoluta confiança” de que dólar vai cair

Alckmin diz que governo tem “absoluta confiança” de que dólar vai cair

Tebet garante recursos para pagar pisos salariais da saúde e educação

Tebet garante recursos para pagar pisos salariais da saúde e educação

7 expressões para entender a reunião do Copom

7 expressões para entender a reunião do Copom

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,02 bilhões de valores a receber

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,02 bilhões de valores a receber

Mercados financeiros hoje: bolsas mistas em meio a petróleo em alta, deflação na China e início de temporada de balanços

Mercados financeiros hoje: bolsas mistas em meio a petróleo em alta, deflação na China e início de temporada de balanços

BCE decide manter juros inalterados pela terceira vez e reforça discurso sobre aperto prolongado

BCE decide manter juros inalterados pela terceira vez e reforça discurso sobre aperto prolongado

Atividade econômica tem queda de 0,06% em outubro

Atividade econômica tem queda de 0,06% em outubro

apetite externo antes de Fed deve ajudar ativos brasileiros em dia de Copom

apetite externo antes de Fed deve ajudar ativos brasileiros em dia de Copom

Montadoras de automóveis anunciam R$ 10 bi de investimentos no Brasil

Montadoras de automóveis anunciam R$ 10 bi de investimentos no Brasil

Receita paga hoje restituições de lote residual do Imposto de Renda

Receita paga hoje restituições de lote residual do Imposto de Renda

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7

Puxado por Vale e bom humor local, Ibovespa sobe mais de 1% e retoma 131 mil pontos; dólar, estável, fecha em R$ 5,70

Puxado por Vale e bom humor local, Ibovespa sobe mais de 1% e retoma 131 mil pontos; dólar, estável, fecha em R$ 5,70

“Eu não emprestaria dinheiro para o governo dos EUA por 30 anos na taxa atual”, diz gestor americano

“Eu não emprestaria dinheiro para o governo dos EUA por 30 anos na taxa atual”, diz gestor americano

Haddad nega que Centrão tenha pedido saída de assessor especial

Haddad nega que Centrão tenha pedido saída de assessor especial

Novos contingenciamentos dependerão de receitas do governo, diz Tebet

Novos contingenciamentos dependerão de receitas do governo, diz Tebet