segunda-feira, 19 de maio de 2025
Search

Haddad diz que inflação está sob controle

Haddad diz que inflação está sob controle

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (22), em Brasília, que a economia brasileira está gerando empregos com baixa inflação e que os ruídos sobre a política econômica do governo “vão desaparecer porque foram patrocinados, não são reais”. “Tem interesses por trás disso”, disse, destacando que os principais indicadores de inflação e desemprego estão positivos.

“A impressão que dá é que tem um fantasminha fazendo a cabeça das pessoas e prejudicando o nosso plano de desenvolvimento”, acrescentou. Haddad participou de audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados para tratar de assuntos relacionados à sua pasta.

“Esse ruído não está fazendo bem para a economia brasileira e não tem amparo nos dados. Porque estamos com baixa inflação, o rendimento do trabalho subiu no ano passado e isso não gerou inflação”, disse Haddad. Ele lembrou que o déficit de R$ 230 bilhões registrado nas contas públicas em 2023 foi uma herança do governo anterior e que, a partir deste ano, poderá ser cobrado, pois o orçamento de 2024 já foi construído pelo governo atual.

“Estamos construindo um caminho mais justo do ponto de vista social. É um ajuste fiscal que está sendo feito sem fazer doer nas famílias, nos trabalhadores, no empresário que paga seus impostos corretamente, sem prejudicar programas sociais importantes, contratos sociais já estabelecidos. Estamos fazendo um caminho mais difícil, pois exigem vários pequenos ajustes, que, somados, vão resolver nosso problema fiscal”, declarou o ministro.

Ele afirmou que a relação entre o Executivo e Legislativo está indo bem e agradeceu os parlamentares aprovação de medidas econômicas. Segundo ele, o ajuste econômico do governo passa pelo corte de gasto tributário, de benefícios fiscais, para que pessoas e setores que não pagavam impostos passem a pagar.

Juros

Haddad defendeu a harmonia das políticas monetária e fiscal e elogiou o trabalho do Banco Central (BC) para o controle da inflação nos últimos anos. Por outro lado, lembrou que a taxa de juros real do Brasil ainda é muito restritiva. Na última reunião, neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 10,5%.

Os membros do colegiado, entretanto, mostraram preocupação com as expectativas de inflação acima da meta e, “em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente”, não preveem novos cortes na taxa Selic.

“Hoje, nós estamos com uma taxa de juro de 10,5% para uma inflação projetada para o ano de 3,70%. Diminui 10,5% de 3,70%. Veja em que altura está andando o juro real no Brasil. Nós estamos andando num campo muito restritivo de política monetária”, assegurou Haddad, rebatendo a análise de que a inflação esteja desancorada.

Em abril deste ano, pressionada pelos preços de alimentos e gastos com saúde e cuidados pessoais, a inflação do país – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – foi a 0,38%, acima do observado no mês anterior (0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano passado (0,61%). Em 12 meses, o IPCA acumula 3,69%.

Intervalo de tolerância

Apesar de estar dentro do intervalo de tolerância, as expectativas de inflação ainda se encontram acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que, junto com a elevação da dívida pública, alimentam a incerteza entre os agentes econômicos. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

“Os núcleos [de inflação] estão rodando abaixo da meta, que é exigentíssima. Uma meta para um país com as condições do Brasil de 3% é um negócio inimaginável”, disse Haddad, reafirmando o controle da inflação, mas defendendo que haja uma discussão mais profunda sobre o tema, com regras de vinculação fiscal sustentáveis no tempo.

“Se o Brasil está com dificuldade de cumprir uma meta mais baixa, se a inflação fica insensível à taxa de juro, nós temos que pensar as condições institucionais do país, por que ela está resistente? Tem uma dimensão institucional. E uma das questões institucionais é o nosso quadro fiscal, no sentido amplo, as vinculações, uma série de problemas da nossa Constituição aos quais não foram dados os tratamentos adequados até agora, na minha opinião”, finalizou.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

exterior opera em queda; no Brasil, semana tem IPCA-15 e ata do Copom

exterior opera em queda; no Brasil, semana tem IPCA-15 e ata do Copom

Economistas sugerem planejamento após renegociações do Desenrola

Economistas sugerem planejamento após renegociações do Desenrola

Fez ou recebeu doações? Saiba como declarar no Imposto de Renda

Fez ou recebeu doações? Saiba como declarar no Imposto de Renda

Arrecadação de impostos chega a R$ 280 bilhões em janeiro, diz Receita Federal

Arrecadação de impostos chega a R$ 280 bilhões em janeiro, diz Receita Federal

Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,51 bilhões de valores a receber

Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,51 bilhões de valores a receber

Ibovespa encerra fevereiro em queda acumulada de 2,58%; dólar salta a R$ 5,91

Ibovespa encerra fevereiro em queda acumulada de 2,58%; dólar salta a R$ 5,91

Bolsa Família tem 13º? Entenda como funciona o pagamento do auxílio

Bolsa Família tem 13º? Entenda como funciona o pagamento do auxílio

Em recuperação judicial, Gol tinha dívidas acima de R$20 bi em 2023

Em recuperação judicial, Gol tinha dívidas acima de R$20 bi em 2023

Projeto da LDO mantém meta de déficit zero para 2025

Projeto da LDO mantém meta de déficit zero para 2025

Novo edital de leilão de arroz sai em até dez dias, diz Paulo Teixeira

Novo edital de leilão de arroz sai em até dez dias, diz Paulo Teixeira

Mercado financeiro projeta inflação de 3,88% em 2024

Mercado financeiro projeta inflação de 3,88% em 2024

Desenrola Brasil tem prazo de adesão prorrogado por mais 60 dias

Desenrola Brasil tem prazo de adesão prorrogado por mais 60 dias

decisão de juros no Brasil e nos EUA toma a atenção do mercado

decisão de juros no Brasil e nos EUA toma a atenção do mercado

Inflação de maio sobe para 0,46%, influenciada pelos alimentos

Inflação de maio sobe para 0,46%, influenciada pelos alimentos

Produção industrial cai 0,5% em abril ante março, aponta IBGE

Produção industrial cai 0,5% em abril ante março, aponta IBGE

investidor aguarda sinais de Galípolo sobre juros

investidor aguarda sinais de Galípolo sobre juros