segunda-feira, 19 de maio de 2025
Search

Haddad não confirma acordo para revogar MP da reoneração da folha

Haddad não confirma acordo para revogar MP da reoneração da folha

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não confirmou se a medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamentos será revogada. Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que haveria um acordo para a retirada do texto, em um fórum com empresários brasileiros em Zurique (Suíça).

Haddad disse ter tentado entrar em contato com Pacheco após a declaração, dada em evento paralelo ao Fórum Econômico Mundial, mas que não conseguiu falar com o presidente do Senado.

O ministro afirmou considerar a declaração de Pacheco uma recomendação, em vez de um compromisso do Poder Executivo. Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda conversará com Pacheco para que se definira a solução mais apropriada sobre o tema.

“Não posso comentar uma coisa sem falar com ele. O que o presidente Pacheco me falou, e eu levei à consideração do presidente Lula, é que, dos quatro temas, dois não foram tratados pelo Congresso no ano passado e poderiam ser tratados pela MP. E [os outros] dois deveriam ser trabalhados de uma outra forma, uma vez que foram tratados pelo Congresso Nacional. Levei à consideração do presidente, e o presidente falou: ‘quero me sentar com o Rodrigo Pacheco para a gente ver o melhor encaminhamento’. Isso no que diz respeito à forma”, afirmou Haddad.

Ele anunciou duas reuniões com líderes partidários na Câmara e no Senado para a última semana de janeiro, dias antes do fim do recesso parlamentar. Sobre a possibilidade de a reoneração gradual começar apenas em 2027, como defendido por Pacheco nesta sexta-feira (19), o ministro disse apenas que as negociações ainda não começaram.

Em relação ao mérito da medida provisória (MP) editada no fim do ano passado, o ministro reiterou o apoio à reoneração gradual dos 17 setores beneficiados com descontos na contribuição para a Previdência Social. “O que levamos à consideração dos dois presidentes [Pacheco e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados] foi um princípio. A emenda constitucional da reforma tributária diluiu o fim dos benefícios [no tempo] para que todo mundo possa se acomodar”, explicou.

De acordo com o ministro, a reversão gradativa de desonerações sobre o consumo, decidida pela reforma tributária, tem de ser expandida para outros setores da economia. “Se [a reoneração gradual] valeu para todo mundo, se valeu para todos os sistemas, todos os regimes especiais do país, incluindo os estaduais do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], os municipais do ISS [Imposto sobre Serviços] , não seria um bom princípio para o imposto previdenciário que sustenta a Previdência?”, comentou o ministro.

Histórico

No fim de dezembro, o governo editou uma série de medidas para compensar a perda de arrecadação após o Congresso derrubar o veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e a um desconto na contribuição à Previdência Social paga por pequenas prefeituras. A MP 1.202/2023  revogou a desoneração das empresas até 2027, em troca de um retorno gradual à alíquota normal de 20% da folha de pagamento.

A MP também revogou a redução da alíquota patronal sobre a folha de municípios de pequeno porte de 20% para 8% e estabeleceu o fim dos benefícios tributários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Para obter mais receitas para compensar a perda de arrecadação com a reoneração em etapas, o governo limitou o uso das compensações tributárias a partir de créditos obtidos via decisões judiciais.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Esperança de vida ao nascer no Brasil fica em 75,5 anos em 2022

Esperança de vida ao nascer no Brasil fica em 75,5 anos em 2022

Ainda à espera da ‘super quarta’, Ibovespa fecha em leve queda de 0,12%; dólar cai 0,39% e vai a R$ 5,48

Ainda à espera da ‘super quarta’, Ibovespa fecha em leve queda de 0,12%; dólar cai 0,39% e vai a R$ 5,48

itens do período sobem 4,48% e alimentos da ceia pressionam o orçamento

itens do período sobem 4,48% e alimentos da ceia pressionam o orçamento

Inflação calculada pelo INPC fica estável em janeiro

Inflação calculada pelo INPC fica estável em janeiro

IPCA e pacote fiscal concentram atenções do mercado

IPCA e pacote fiscal concentram atenções do mercado

Informalidade de empregadas domésticas aumentou após pandemia

Informalidade de empregadas domésticas aumentou após pandemia

É MEI? Novo valor de contribuição entra em vigor e boleto precisa ser pago até quinta-feira

É MEI? Novo valor de contribuição entra em vigor e boleto precisa ser pago até quinta-feira

Brasil faz acordo com China que pode aumentar exportação de café

Brasil faz acordo com China que pode aumentar exportação de café

Vendas no varejo variam 0,1% em novembro e têm 2º mês de estabilidade

Vendas no varejo variam 0,1% em novembro e têm 2º mês de estabilidade

quanto renderia o prêmio de R$ 220 milhões

quanto renderia o prêmio de R$ 220 milhões

RS: governo oferece mais R$ 1 bilhão em crédito a micro empresários

RS: governo oferece mais R$ 1 bilhão em crédito a micro empresários

Indústria recua 0,5% em abril, mas acumula alta em 2024

Indústria recua 0,5% em abril, mas acumula alta em 2024

pacote fiscal fica no radar; exterior tem cautela com Trump

pacote fiscal fica no radar; exterior tem cautela com Trump

Conta de energia elétrica fica mais cara a partir de hoje

Conta de energia elétrica fica mais cara a partir de hoje

Mais de 30 milhões de contribuintes já entregaram declaração do IR

Mais de 30 milhões de contribuintes já entregaram declaração do IR

Governo vai propor isenção de energia para até 60 milhões de pessoas

Governo vai propor isenção de energia para até 60 milhões de pessoas