Uma entrevista com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é o destaque da agenda enxuta desta sexta-feira, que traz ainda a pesquisa de serviços e o Prisma Fiscal, boletim com as previsões do mercado para os principais indicadores fiscais. Nos Estados Unidos as atenções ficam no índice de preços ao produtor (PPI), no índice de sentimento do consumidor de julho da Universidade de Michigan, com expectativas de inflação em 1 e 5 anos, além dos balanços dos bancos Citigroup, JPMorgan e Wells Fargo.
Exterior
Os futuros de Nova York mostram acomodação, enquanto as bolsas europeias sobem, ainda refletindo o otimismo diante de uma maior possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos após o índice de preços ao consumidor (CPI) ter mostrado deflação. O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, disse ontem que a economia dos EUA parece estar de volta a caminho da inflação a 2% e que o CPI foi “excelente” notícia. Ontem o CME apontava até três cortes de 25 pontos-base até dezembro. A expectativa para o PPI é de alta de 0,1% em junho, após queda de 0,2% em maio.
Na China, as exportações tiveram alta de 8,6% em junho ante igual mês do ano passado, superando a expectativa de analistas de avanço de 8%. Mas as importações chinesas caíram 2,3% em junho, após o avanço de 1,8% em maio. Neste caso, o resultado frustrou o consenso da FactSet, que estimava alta de 3%.
As eleições americanas também estão no radar em meio à pressão para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desista da sua candidatura. Biden confundiu ontem sua vice-presidente, Kamala Harris, com o seu adversário político, o republicano Donald Trump, durante coletiva de imprensa ontem e, mais cedo, já havia chamado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de Vladimir Putin. Biden, no entanto, insiste que é o mais apto a governar o país.
Brasil
Após os números fortes de varejo ontem, hoje a expectativa é com a pesquisa de serviços, que deve, no entanto, mostrar recuo de 0,7% em maio, na margem, após alta de 0,5% em abril, com dois meses seguidos de expansão, diante do efeito negativo das enchentes no Rio Grande do Sul sobre os serviços de transportes. Um dado mais fraco tende a tirar pressão dos juros mais curtos. Além disso, o dólar em baixa ante várias moedas emergentes pode ajudar o real e também os juros. Mas o avanço dos rendimentos dos Treasuries é contraponto.
A alta de 0,30% do minério de ferro em Dalian e ganhos do petróleo tendem a beneficiar o Ibovespa, embora o fôlego curto dos futuros em NY seja fator limitante. A piora das importações chinesas também pode repercutir nas ações. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, operava estável no pré-mercado por volta das 7h15 (horário local).
*Agência Estado