sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
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Ibovespa cai 0,40% com ruídos políticos e pressão de Trump no petróleo; dólar tem 4ª queda seguida e fecha em R$ 5,92

No último pregão de outubro, Ibovespa cai 0,71% e fecha mês com perda de 1,59%; dólar sobe 0,31% e tem alta mensal de 6,14%

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Com a subida dos juros futuros e sem o apoio de Vale e de Petrobras, o Ibovespa não obteve suporte para terminar no campo positivo e fechou com queda de 0,40%, aos 122.483 pontos, oscilando entre os 122.159 pontos e os 123.958 pontos, em mais um dia de liquidez baixa.

Medidas populistas em estudo pelo governo para fornecer alimentos com custo reduzido por meio de rede popular de abastecimento, ventiladas em matéria da agência Bloomberg, voltaram a assombrar o mercado e levaram a uma piora dos ativos domésticos na sessão de hoje.

Ibovespa hoje

Depois de iniciar a sessão em estabilidade, o primeiro gatilho negativo para o índice veio no começo da tarde com a declaração do presidente americano, Donald Trump, de que irá pedir à Arábia Saudita e à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para que ambas reduzam os preços de petróleo.

A fala impulsionou perdas nas cotações da commodity e na Petrobras.

As ações PN da petroleira caíram 0,70%, enquanto as ON recuaram 0,92%.

O maior recuo, porém, ficou para os papéis da PetroReconcavo, que tiveram perdas de 5,05%.

O movimento foi acentuado horas depois com a notícia da agência “Bloomberg”.

Apesar da subida de 0,44% nos preços do minério de ferro em Dalian, as ações da Vale fecharam o dia em queda de 0,65%.

Já na ponta contrária, papéis da Marfrig subiram 4,06%, ampliando a leve alta da véspera.

O volume financeiro do índice foi de R$ 14,5 bilhões e de R$ 18,9 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou as negociações desta quinta-feira em queda, a quarta seguida, em meio a um ajuste global de posições.

Já que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, até agora não deu sinais sobre medidas tarifárias contra produtos importados.

Na sessão o dólar chegou a operar abaixo de R$ 5,90, mas voltou acima do patamar diante da notícia da agência Bloomberg sobre um possível programa do governo para reduzir preços de alimentos, conforme indicaram gestores.

Dúvidas sobre como a medida será financiada, em um momento em que a seara fiscal já preocupa os investidores, foi um ponto de preocupação, segundo um operador de câmbio.

Terminadas as negociações, o dólar à vista recuou 0,34%, a R$ 5,9255, depois de ter batido na mínima de R$ 5,8740 e encostado na máxima de R$ 5,9698.

Já o euro comercial registrou desvalorização de 0,33%, a R$ 6,1746.

O real chegou a apresentar a melhor performance do dia, mas encerrou o dia com o 9º melhor desempenho.

Perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,14%, aos 108,012 pontos.

Bolsas de Nova York

Os principais índices de ações de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, revertendo as perdas da abertura.

No começo da sessão, as bolsas davam uma trégua ao rali dos últimos dias, mas foram impulsionadas após o discurso de Donald Trump no Fórum Econômico Mundial de Davos.

Dentre os destaques, ele disse que iria exigir que o Federal Reserve (Fed) reduzisse as taxas de juros “imediatamente”, o que, segundo ele, contribuiu para aumentar o déficit público americano.

O S&P 500 encerrou o dia em seu valor maior de fechamento da história.

Todos os setores do índice ficaram no positivo, com saúde e indústria liderando as altas.

No fechamento de hoje, o índice Dow Jones subiu 0,92%, aos 44.565,07 pontos, o S&P 500 avançou 0,53%, aos 6.118,71 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,22%, aos 20.053,678 pontos.

Bolsas da Europa

As bolsas na Europa novamente fecharam em alta nesta quinta-feira, estendendo os ganhos das últimas sessões.

O mercado acompanha as sinalizações do presidente dos EUA, Donald Trump, ao longo dos primeiros dias de governo sobre como será sua política tarifária.

Enquanto aguarda a decisão do Banco Central Europeu (BCE) na semana que vem, que deve anunciar novos cortes de juros.

Além disso, investidores também repercutem a temporada de balanços.

“Os mercados estão ficando mais atentos às táticas de negociação do presidente Trump, com os investidores aos poucos ignorando sua retórica agressiva sobre tarifas, encarando-a como uma manobra calculada de barganha”, disse o analista da Hargreaves Lansdown, Matt Britzman.

No fechamento, o índice Stoxx 600 subiu 0,45%, aos 530,44 pontos.

O FTSE 100, de Londres, teve alta de 0,23%, aos 8.565,20 pontos, e o DAX, de Frankfurt, acelerou 0,74%, aos 21.411,53 pontos.

Já o CAC 40, de Paris, avançou 0,70%, aos 7.892,61 pontos.

Entre os destaques, as ações da Puma caíram mais de 20%, após a empresa divulgar um lucro abaixo do esperado pelo mercado em seu balanço.

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Fonte: B3 – Bora Investir

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