O Ibovespa fechou em queda de 1,12%, aos 125.924,19 pontos nesta terça-feira (30/04), enquanto no acumulado do mês de abril o índice recuou 1,70%. Em véspera de decisão de juros do Federal Reserve e de feriado no Brasil, ambos nesta quarta-feira, o dólar fechou em forte alta, acompanhando o ganho externo da moeda americana e dos rendimentos dos Treasuries.
Em março, o índice já havia fechado em queda, a 128 mil pontos, com perdas de 4,5% no primeiro trimestre do ano.
Índice | Variação do dia | Variação do mês | Variação do ano |
IBOV | -1,12% | -1,70% | -5,10% |
IDIV | -0,64% | -0,56% | -4,35% |
IFIX | 0,20% | -0,77% | 2,12% |
BDRX | 0,22% | 0,57% | 16,54% |
Dólar
Simultaneamente, o dólar fechou o dia em alta de 1,52%, a R$ 5,1927. No mês de abril, a moeda norte-americana valorizou 3,5%, a maior desde agosto de 2023.
O índice global, DXY, apontou que o dólar subia 0,66%, em relação a uma cesta de moedas importantes, a 106,28 pontos.
Ações em alta
- Intelbras (INTB3) 16,79%
- Biomm (BIOM3) 13,62%
- Oi (OIBR3) 7,35%
- Santander (SANB4) 2,95%
- Santander (SANB3) 2,89%
Ações em baixa
- Yduqs (YDUQ3) -4,95%
- Braskem (BRKM5) -4,92%
- Viveo (VVEO3) -4,91%
- Lojas Quero-Quero (LJQQ3) -4,81%
- Azevedo e Travassos (AZEV4) -,472%
As cotações foram apuradas entre as 17h55 e as 18h05. As listas contemplam ações que integram ou não Ibovespa e outros índices.
Bolsas mundiais: Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em queda após rodada de dados macroeconômicos dos Estados Unidos adiarem para novembro a expectativa por início dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que publica decisão monetária na quarta-feira.
No fechamento, o índice Dow Jones caiu 1,49%, aos 37.815,92 pontos; o S&P 500 teve queda de 1,57%, aos 5.035,69 pontos; e o Nasdaq desvalorizou 2,04%, aos 15.657,82 pontos. No mês, o Dow Jones caiu 5%, seu pior resultado mensal desde setembro de 2022; o S&P 500 caiu 4,17% e o Nasdaq 4,41%. Todos os índices tiveram a primeira queda mensal desde outubro de 2023.
Na divisão de setores da S&P 500, tecnologia teve a pior queda mensal (-4,5%), segundo o MarketWatch.
Wall Street parece cada vez mais cética quanto ao início do ciclo de cortes de juros pelo Fed neste ano. Após rodada de dados macroeconômicos, o mercado adiou de setembro (48,9%) para novembro (59,4%) a probabilidade majoritária de redução nos Fed funds, segundo ferramenta do CME Group. A chance de manutenção nos juros até dezembro também aumentou de 18,4% para 25%.
Europa
As bolsas da Europa fecharam em baixa em uma sessão com cautela por conta da perspectiva para a postura dos principais bancos centrais. Indicadores no continente e nos Estados Unidos foram divulgados pela manhã, em uma semana que conta com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Além disso, uma série de balanços relevantes foi apresentada ao público.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,65%, a 505,03 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 1,03%, a 17.932,17 pontos. O FTSE 100, de Londres, teve queda de 0,04%, a 8144,13 pontosO FTSE MIB, de Milão, recuou 1,60%, a 33.746,66 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,99%, a 7.984,93 pontos. Já o PSI 20 baixou 0,97%, a 6.615,56 pontos, em Lisboa.
Boletim Focus
Os investidores olham também o Boletim Focus. Aliás, o relatório mostrou poucas alterações nas estimativas do mercado para este e o próximo ano, e dados do mercado de trabalho no País.
No Focus, os analistas consultados pelo BC mantiveram a estimativa para o IPCA de 2024 em 3,73% e a de 2025 em 3,60%. A projeção para a taxa Selic também não sofreu alteração em relação à semana passada, mantendo-se em 9,50% este ano e em 9% em 2025. No entanto, foi elevada de 8,5% para 8,63% em 2026.
Emprego no Brasil
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,9% no trimestre encerrado em março. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, afinal, veio perto do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. As estimativas iam de 7,8% e 8,2%, com mediana de 8,1%.
Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,8%. Por outro lado, no trimestre encerrado em fevereiro de 2024, a taxa de desocupação estava em 7,8%.
Além disso, a renda média real do trabalhador foi de R$ 3.123 no trimestre encerrado em março, alta de 4,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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