A bolsa de valores hoje fechou em queda com os investidores observando o comportamento do mercado imobiliário chinês, que tem registrado baixa demanda, o que impactou negativamente os preços do minério de ferro e as ações das mineradoras, como a Vale, e siderúrgicas.
Assim, a Petrobras também fechou em queda, contribuindo para o resultado negativo da bolsa de valores hoje.
Nesse sentido, nesta sexta-feira (15), o Ibovespa fechou em queda de de 0,74%, aos 126.741,81 pontos. Da mesma maneira, na semana, o principal índice da bolsa recuou 0,26%, enquanto, no mês, a queda é de 1,77%. A perda anual chegou a 5,55%.
Dólar hoje
Por outro lado, o dólar fechou em alta de 0,22%, cotado a R$ 4,9980, depois de ter batido R$ 5 na máxima. Dessa forma, na semana, a alta foi perto de 0,33%. No ano, o dólar valoriza quase 3% em relação ao real.
Enquanto isso, no cenário global, o DXY, índice que compara o desempenho da moeda norte-americana com outras divisas importantes, subiu 0,07%, a 103,43 pontos. Na semana, a alta foi de 0,70%.
Ações em alta na bolsa de valores hoje
Veja os papéis que tiveram as maiores altas da bolsa de valores hoje
- Tenda (TEND3) +10,05%
- Azul (AZUL4) +6,89%
- Dasa (DASA3) +4,38%
- Unipar (UNIP6) +4,20%
- Petroreconcavo (RECV3) +4,15%
Ações em baixa
Confira também os papéis que tiveram as piores quedas no dia.
- Mitre (MTRE3) -15,48%
- Cogna (COGN3) -11,74%
- Gol (GOLL4) -10,40%
- Yduqs (YDUQ3) -9,76%
- Iguatemi (IGTI4) -9,09%
Os rankings contemplam ações que movimentaram mais de R$ 1 milhão no pregão, que integram ou não o Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas às 17h07.
Bolsas mundiais: Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, enquanto os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir em vários trechos da curva, após a divulgação de indicadores econômicos mistos nesta sexta-feira serem insuficientes para dissiparem a apreensão com uma postura conservadora pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em relação à taxa de juros nos Estados Unidos.
A sessão foi marcada pelo vencimento triplo de opções de índices, futuros e opções de ações individuais, o que traz volatilidade aos ativos.
O Dow Jones Industrial Average fechou em baixa de 0,49%, aos 38.714,77 pontos. O S&P 500 caiu 0,65%, aos 5.117,09 pontos e o Nasdaq recuou 0,96%, aos 15.973,17 pontos.
Na semana, o Dow cedeu 0,02%, o S&P 500 caiu 0,13% e o Nasdaq perdeu 0,70%.
Opções associadas a mais de US$ 5 trilhões de ações, ETFs e índices de ações tinham vencimento previsto para esta sexta-feira. O fenômeno é conhecido como “triple witching” e deixa os mercados sob maior risco de volatilidade.
Europa
As bolsas europeias perderam fôlego no fim do pregão e fecharam sem direção única nesta sexta.
O CAC 40, de Paris, atingiu recorde histórico de fechamento, aos 8.164,35 pontos, após subir 0,04%. O DAX, de Frankfurt, caiu 0,03%, aos 17.936,65 pontos, ainda perto do recorde de fechamento de 17.965,11 pontos marcado nesta semana. O índice FTSE 100, de Londres, encerrou em baixa de 0,20%, aos 7.727,42 pontos, na mínima intradiária.
Em Lisboa, o PSI 20 avançou 1,24%, encerrando o dia em 6.130,85 pontos. Em Madri, o Ibex-35 ganhou 1,02%, aos 10.597,90 pontos. O FTSE MIB, de Milão, subiu 0,46%, aos 33.940,03 pontos. As cotações são preliminares.
China ajuda a derrubar a bolsa de valores hoje
As ações da Vale (VALE3) e outras mineradoras e siderúrgicas desceram com notícias ruins vindas da China.
“O noticiário da madrugada foi pouco propício para uma recuperação, em meio à continuidade da queda nos preços dos imóveis chineses”, destaca Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Assim, o minério de ferro emplacou mais uma queda, de 1,86%, cotado a US$ 105,50.
Nesse sentido, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) tem se esforçado para reduzir as taxas de juros e estimular a economia local.
A instituição manteve a taxa da linha de empréstimo de médio prazo – conhecida como MLF – de um ano inalterada em 2,5% ao ano, ao fazer uma injeção de liquidez de 387 bilhões de yuans (US$ 53,8 bilhões), segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (15).
Dados de serviços
O volume de serviços domésticos registrou um avanço de 0,7% na transição de dezembro para janeiro, proporcional a uma alta de 4,5% em relação ao mesmo mês de 2023.
Com esse resultado, o setor engata o terceiro resultado positivo consecutivo. “Com base nas nossas estimativas, assim como no varejo, o resultado veio bem mais forte que o esperado”, diz Igor Cadilhac, economista do PicPay.
Houve expansão na demanda em quatro das cinco atividades analisadas pela pesquisa. A principal contribuição positiva veio dos serviços de informação e comunicação (1,5%).
Do mesmo modo, os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%), transportes (0,7%) e os outros serviços (0,2%). Apenas os serviços prestados às famílias (-2,7%), que tinham finalmente ultrapassado o nível pré-pandêmico em dezembro, apresentaram recuo.
“Na nossa avaliação, esse é mais um resultado que reforça o bom momento da atividade econômica brasileira, que vem se beneficiando de um mercado de trabalho em pleno emprego, de uma massa salarial crescente e da inflação bem comportada”, complementa Cadilhac.