quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Ibovespa fecha semana em queda de 2,5%, enquanto dólar sobe 1,5% no período

Ibovespa hoje sobe 0,10%, mas não recupera 133 mil pontos

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A bolsa de valores hoje abriu em alta, com cenário externo favorecendo os ganhos dos ativos de risco aqui e lá fora. As ações também se favoreceram, aliás, dos dados relacionados à prévia do PIB do Brasil (IBC-Br), que vieram acima do esperado, e da queda dos juros futuros.

Porém, o cenário foi bastante volátil no decorrer do dia, diante das indefinições acerca da desoneração da folha de pagamento. No final, os investidores se animaram com as altas no cenário internacional e a bolsa fechou no positivo.

Assim, o Ibovespa fechou a sexta com alta de 0,25%, a 127.635,65 pontosNo pregão anterior, o principal índice da bolsa havia caído 0,94%.

Na semana, o principal índice da bolsa registrou queda de 2,5%. No ano, o índice desce quase 5% depois de uma alta de 22% em 2023.

Dólar hoje

Ao mesmo tempo, a moeda norte-americana fechou em queda em relação ao real depois de um pregão também com alta volatilidade , alternando entre os campos positivo e negativo. Dessa maneira, o dólar fechou em queda de 0,09%, a R$ 4,9268, depois de ter batido R$ 4,93 na máxima.

Na semana, o dólar avançou mais de 1,5%.

Por outro lado, no cenário externo, o dólar caiu. O DXY, que mede o desempenho global da moeda norte-americana, recuou 0,24%, a 103,28 pontos.

Ações em alta

Confira as empresas que tiveram o melhor desempenho na bolsa de valores hoje, dia 19. O destaque fica por conta da Sansuy, indústria de plásticos, que avançou quase 140% no dia.

  • Sansuy (SNSY3) +139,95%
  • Sansuy (SNSY5) +17,08%
  • Plano e Plano (PLPL3) +6,04%
  • Gol (GOLL4) +6,02%
  • BRF (BRFS3) +4,75%

Ações em baixa

Veja agora os papéis que mais caíram no dia.

  • Qualicorp (QUAL3) -7,27%
  • Traders Club (TRAD3) -3,90%
  • Blau (BLAU3) -3,30%
  • Bemobi (BMOB3) -2,72%
  • Recrusul (RCSL3) -2,43%

Os rankings contemplam ações da bolsa toda, que compõem ou não o Ibovespa e outros índices, com volume acima de R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas depois do fechamento, às 18h07, mas podem ter atualizações.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta firme nesta sexta-feira, 19, diante de uma escalada de ações de tecnologia que ajudou a impulsionar tanto o índice S&P 500 quanto o Dow Jones  à maior pontuação da história e o Nasdaq ao maior nível em dois anos.

O índice S&P 500 avançou 1,23%, aos 4.839,81 pontos, e renovou pela primeira vez o recorde que havia estabelecido há cerca de 2 anos. O Dow Jones, que já havia visto máximas desde dezembro, voltou ao cume, com valorização de 1,05%, a 37.863,80 pontos. Já o Nasdaq subiu 1,70%, ao 15.310,97 pontos, na máxima intraday. Na semana, houve ganhos de 1,17%, 0,72% e 2,26%, respectivamente.

Hoje, o papel da Meta saltou 1,95% e alcançou seu maior patamar já registrado, após o CEO Mark Zuckerberg sinalizar planos de investimentos em IA, inclusive com a compra de chips da Nvidia (+4,17%).

Apple, por sua vez, se apreciou 1,55% e estendeu os ganhos da véspera, quando o Bank of America citou perspectivas na área de IA para elevar a recomendação da fabricante do iPhone de “neutra” para “compra”.

As fabricantes de chips semicondutores também estiveram entre os destaques, em continuação do movimento de ontem. Super Micro Computer saltou 35,94%, após projetar guidance melhor que o esperado pelo mercado. Na esteira, Qualcomm aumentou 4,59%, Intel, 3,02%, AMD, 7,11%.

Europa

As bolsas europeias fecharam o dia com desempenhos divergentes, encerrando uma semana de instabilidade em meio ao realinhamento das expectativas sobre o momento de início do corte de juros na região.

No âmbito geral, a mensagem principal das autoridades durante o Fórum Econômico de Davos, que terminou hoje, foi de que precificação do mercado para uma flexibilização monetária no encontro do Banco Central Europeu de março ou abril pode ser prematura.

Na sessão, o FTSE 100, de Londres, terminou perto da estabilidade, com variação de +0,04%, aos 7.461,93 pontos. Entre os outros mercados da região, o CAC-40, de Paris, recuou 0,40%, aos 7.371,64 pontos.

Entre os outros mercados da região, o CAC-40, de Paris, recuou 0,40%, aos 7.371,64 pontos. O DAX, de Frankfurt, marcou um declínio de 0,07%, aos 16.555,13 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cedeu 0,22%, aos 30.283,61 pontos. Em Madri, a queda do Ibex 35 foi de 0,22%, aos 9.858,30 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, caiu 0,14%, aos 6.313,51 pontos.

Discussões sobre a possível reoneração da folha de pagamento movimentou a bolsa de valores hoje. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a desoneração continuará valendo. E que a medida provisória, defendida pelo governo Lula, que retoma impostos sobre salários, será revogada.

“Há o compromisso do governo federal de reeditar a medida provisória, para revogar a parte que toca na desoneração da folha de pagamento”, disse Pacheco durante o evento “Brazil Economic Forum”, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Zurique, na Suíça.

“Esse é o compromisso político que fizemos e é assim que vai acontecer e se encaminharem as coisas”, disse Pacheco.

Haddad rebate: desoneração não criou empregos

Além disso, o mercado repercute pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre qual será a medida adotada pelo governo sobre a pauta. Haddad não confirmou as informações dadas por Pacheco e disse que os benefícios dados às empresas não geraram mais emprego e aumento de salário, o que indica revisão da desoneração.

“O desencontro da fala de Pacheco com a entrevista de Haddad demonstra que pouco ou quase nada se avançou nesses últimos dias, no que se refere a uma solução para reoneração dos setores”, avalia Erich Decat, analista político da Warren Investimentos.

Nesse cenário, cresce a percepção de que o governo irá alterar a meta fiscal para 2024, segundo Rachel Sá, chefe de Economia da Rico.

“Embora não haja grande expectativa de que o governo seja capaz de cumprir a ambiciosa meta, uma alteração no primeiro mês do ano fragiliza o recém aprovado arcabouço fiscal”, destaca Rachel.

IBC-Br também impulsiona Ibovespa

Em novembro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, apresentou alta mensal discreta de 0,01%, equivalente a um aumento anual de 2,2%, resultado acima do esperado.

“Apesar da estabilidade, analisando o agregado, observamos que o resultado foi influenciado por variações positivas em todos os setores da atividade econômica. Em termos gerais, na nossa avaliação, esse crescimento é principalmente atribuído a fatores pontuais”, analisa Igor Cadilhac, economista do PicPay.  



Fonte: B3 – Bora Investir

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