O Ibovespa encerrou sequência de cinco pregões positivos nesta terça (25), em nova sessão com giro financeiro reduzido e enquanto agentes seguem inseguros em relação aos desdobramentos do cenário fiscal local.
Ainda no âmbito macro, investidores também analisaram a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e declarações do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Ibovespa hoje
No fim do dia, o índice recuou 0,25%, aos 122.331 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 121.997 pontos, e, nas máximas, os 122.849 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 11,71 bilhões no Ibovespa e R$ 15,82 bilhões na B3.
Dólar hoje
O dólar à vista exibiu apreciação firme contra o real, voltando a superar o nível de R$ 5,45. Operadores ressaltaram o mau humor no mercado de câmbio global, com apreciação generalizada da moeda americana.
Diante disso, da proximidade do fim do mês e do semestre, além da percepção de risco local, o real desvalorizou e apresentou o pior desempenho do dia, da relação das 33 moedas acompanhadas pelo Valor.
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou negociado em alta de 1,16%, a R$ 5,4534, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,4058 e encostado na máxima de R$ 5,4564.
Já o euro comercial exibiu valorização de 0,96%, a R$ 5,8434. Perto das 17h05, no exterior, o índice DXY apresentava apreciação de 0,15%, aos 105,629 pontos.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta terça-feira, em pregão que sofreu com um apetite baixo dos investidores por ações com exceção dos papéis do setor de tecnologia, em especial de empresas ligadas à inteligência artificial (IA) generativa, que retomaram o caminho dos ganhos após uma forte correção nos últimos dias.
Com menor concentração das “techs” americanas, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,76%, a 39.112,16 pontos. Já o S&P 500 subiu 0,39%, a 5.469,30 pontos, e o Nasdaq avançou 1,26%, a 17.717,65 pontos.
O salto de 6,76% da NVidia foi o principal impulsionador para os ganhos dos dois últimos índices hoje. A gigante de tecnologia e principal fabricante de chips para a IA generativa entrou em território de correção ontem ao registrar um recuo de mais de 10% em relação a sua máxima histórica. Entre outros papéis ligados à IA, a Micron fechou em alta de 1,52% e a Super Micro Computers avançou 1,95%.
Além da NVidia, a maioria das ações das big techs americanas também registrou bom desempenho hoje, com destaque para Meta Platforms, Alphabet e Tesla, que subiram mais de 2%.
Com exceção dos papéis de tecnologia, o dia não foi tão positivo em Wall Street, já que oito dos 11 setores do S&P 500 registraram quedas que foram de 0,3% a 1,4%.
Na seara macroeconômica, o dia foi marcado por comentários de teor mais duros de duas diretoras do Federal Reserve (Fed).
Michelle Bowman reafirmou a sua postura conservadora ao dizer que só espera cortes de juros em 2025. Já Lisa Cook afirmou que a taxa anual da inflação dos Estados Unidos deve “andar de lado” nos próximos meses, e só desacelerar mais acentuadamente no ano que vem.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram a terça-feira (25) em queda, em meio às perdas expressivas nas ações da fabricante de aeronaves Airbus, que puxou os demais papéis do setor aeroespacial.
O índice Stoxx 600 caiu 0,29%, a 517,34 pontos. O DAX, de Frankfurt, recuou 0,81%, a 18.177,62 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 0,58%, para 7.662,30 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,41%, para 8.247,79 pontos.
A Airbus fechou o dia em queda de 9,4% após reduzir suas projeções para 2024, citando desafios da cadeia de suprimentos e encargos em seu negócio aeroespacial e de defesa, o que fez a empresa cortar sua meta de entrega de aviões e reduzir sua previsão de lucros ajustados para o ano.
As perdas expressivas da Airbus fizeram o índice setorial Stoxx Europe Aerospace & Defense cair mais de 4% ao longo da sessão.
Outro destaque negativo do pregão foi a Merck, que despencou 5,72%, depois de suspender um teste de medicamento contra o câncer por falta de eficácia.
Nos próximos dias, os agentes europeus voltam suas atenções para as decisões de juros dos bancos centrais da Suécia e da Turquia, além das eleições parlamentares da França, que serão realizadas no domingo (30).
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