O Ibovespa fechou em alta de 0,09%, aos 127.218,24 pontos nesta quarta-feira (10/07). Já o dólar apresentou queda de 0,04%, cotado a R$ 5,41. Com fôlego reduzido após sete sessões consecutivas de altas, o índice oscilou próximo à estabilidade durante a maior parte do pregão, até fechar o dia em leve alta.
As ações sensíveis aos juros continuaram subindo, após IPCA abaixo do esperado derrubar as taxas, e os bancos também avançaram, de olho na reforma tributária. Mas a queda de exportadoras, principalmente de commodities metálicas, limitaram a performance do índice.
Ibovespa
Na mínima intradiária, tocou os 126.928 pontos, e, na máxima, os 127.769 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,03 bilhões no Ibovespa e R$ 20,02 bilhões na B3
Dólar
O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira em leve queda, próximo à estabilidade. O real perdeu fôlego depois do bom humor dos investidores com o , que desacelerou mais do que o esperado na comparação com maio.
Segundo participantes do mercado ouvidos pelo Valor, a perda de força do real ao longo da tarde se deu por um movimento de correção após a forte queda do dólar na última semana.
O dólar à vista fechou em queda após bater a mínima intradiária de R$ 5,3721 e a máxima de R$ 5,4263. O euro comercial, por sua vez, subiu 0,09%, a R$ 5,8605.
No exterior, o índice DXY – que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas pares – manteve-se em queda modesta durante quase toda a sessão, e exibia baixa de 0,10%, a 105,028 pontos, por volta de 17h10.
No mesmo horário, o dólar depreciava 0,43% ante o peso mexicano; 2,35% ante o peso chileno; e 1,96% ante o peso colombiano.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em forte alta nesta quarta-feira com o S&P 500 terminando acima do nível importante de 5,6 mil pontos pela primeira vez. Nasdaq também renovou seu recorde de alta e o Dow Jones também acompanhou seus pares impulsionado por ações do Goldman Sachs e Walmart.
Os investidores ficaram animados com comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que o mercado de trabalho não está mais superaquecido. O mercado viu nesta fala sinais de que o banco central está perto de iniciar o afrouxamento monetário.
“Os investidores que apostam na alta da bolsa transbordaram de alegria”, escreveu o gerente de fundos mútuos Louis Navellier a seus clientes. “A meta de inflação de 2% está no foco”, afirmou.
No fechamento, o índice Dow Jones subia 1,09%, aos 39.721,36 pontos; o S&P 500 avançava 1,02%, para 5.633,91 pontos, em nível recorde; enquanto o Nasdaq tinha alta de 1,18%, aos 18.647,45 pontos, também em território recorde.
Os setores de tecnologia e de serviços de comunicação, que têm peso relevante na composição do índice, se destacam no pregão e ajudam na valorização das bolsas americanas.
Nvidia subiu 2,94% e Apple ganhou 1,88%. Goldman Sachs subiu 1,28% antes do início da safra de bancos amanhã.
Também amanhã o mercado vai acompanhar a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) e o índice de preços ao produtor (PPI) de junho dos EUA na sexta-feira.
A expectativa é de que o CPI de junho fique em 0,1% depois de ficar estável em maio. Na base anual, a expectativa é de uma leitura de 3,1% ante 3,3% de maio.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus subiram nesta quarta-feira (10), enquanto os investidores voltavam suas atenções para a política monetária, principalmente dos Estados Unidos, após os depoimentos do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Senado americano.
O índice Stoxx 600 subiu 0,91%, a 516,42 pontos, com o setor de varejo liderando os ganhos ao subir 1,6%. O CAC 40, de Paris, escalou 0,86%, para 7.573,55 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, teve alta de 0,66%, para 8.193,51 pontos, e o DAX, de Frankfurt, avançou 0,94% a 18.407,22 pontos.
Entre os destaques do dia, as ações do grupo norueguês Kongsberg subiram 11,07%, chegando a liderar o Stoxx 600, depois que a empresa reportou um aumento de 21% na receita operacional.
O discurso de Powell, ontem, no Senado americano foi visto como mais “dovish” (favorável ao afrouxamento monetário), já que o líder do Fed reconheceu que os últimos dados de inflação dos EUA mostraram um progresso em direção à meta de 2%. Na Câmara dos Representantes, Powell reiterou seu posicionamento.
“O depoimento de Powell não foi excessivamente otimista, mas reavivou a expectativa de que um corte nas taxas poderia ocorrer mais cedo ou mais tarde”, informa em nota a analista do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya.
Com informações do Valor Econômico
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