A bolsa de valores fechou em alta de 0,16%, a 130.240,55 pontos, nesta quinta-feira (22/02). O principal índice da bolsa avança pelo sexto pregão seguido. Os mercados externos ajudaram a impulsionar esse avanço. O índice oscilou após divulgação do PMI (índice de gerentes de compras, na sigla em inglês) dos EUA e o dólar emplacou alta depois da publicação do indicador.
No pregão anterior, o índice havia subido discretamente, depois de passar a maior parte do dia no campo negativo.
O dia também é de expectativa em torno dos balanços da Vale (VALE3) e do Nubank (ROXO34). Ambos os resultados saem após o fechamento da bolsa de valores.
Dólar
Da mesma maneira, o dólar fechou em alta de 0,42%, cotado a R$ 4,9600.
Por outro lado, no cenário externo, o dólar desceu discretamente a 0,05%, a 103,95 pontos.
Nova York impulsiona bolsa de valores
As bolsas de Nova York subiram com vigor, com destaque para o setor de tecnologia. Assim, Nasdaq avançava 2,96%. S&P 500 também teve forte alta: +2,11%, aos 5.087,03. Dow Jones valorizou 1,18%, aos 39.069,11 pontos. Com isso, Dow Jones e S&P 500 tiveram recorde histórico no fechamento.
O desempenho positivo vem na esteira dos resultados da Nvidia. As expectativas superiores às antecipadas relativas às vendas da empresa de inteligência artificial impulsionaram os mercados globais e mais especificamente o setor de inteligência artificial no mundo todo.
A Nvidia projetou receitas de US$ 24 bilhões para o primeiro trimestre deste ano, superando as previsões que giravam em torno de US$ 22 bilhões.
“Tal otimismo em relação à Nvidia conseguiu eclipsar a postura mais severa adotada na última ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que revelou preocupações acerca da prematura redução das taxas de juros”, afirma a Guide em relatório.
As bolsas europeias fecharam em alta, embaladas pelo avanço nos mercados de Wall Street, diante do otimismo com o resultado da empresa de inteligência artificial Nvidia.
O índice amplo Stoxx 600 encerrou a sessão com alta de 0,82%, em 495,10 pontos, superando seu recorde anterior de fechamento de 494,35 pontos, marcado em 5 de janeiro de 2022.
O DAX, referencial da Bolsa de Frankfurt, subiu 1,47%, aos 17.370,45 pontos. O FTSE ganhou 0,36%, aos 7.690,43 pontos, estreitando a distância para o recorde anterior de fechamento, de 8.012,53 pontos, alcançado em 16 de fevereiro. Já o CAC-40, de Paris, ganhou 1,27%, aos 7.911,60 pontos.
Em Madri, o Ibex-35 subiu 0,31%, aos 10.138,90 pontos. O FTSE MIB, de Milão, ganhou 1,06%, fechando aos 32.356,26 pontos. Por outro lado, em Lisboa, o PSI-20 não desfrutou do otimismo e caiu 0,81%, aos 6.199,61 pontos.
PMI dos EUA
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos recuou de 52,0 em janeiro para 51,4 na preliminar de fevereiro, informou nesta quinta-feira (22) a S&P Global. Analistas ouvidos pela FactSet previam 51,5.
Apenas no setor de serviços, o PMI caiu de 52,5 em janeiro para 51,3 na prévia de fevereiro. A previsão, neste caso, era de 52,0.
Já o PMI da indústria avançou de 50,7 em janeiro para 51,5 na preliminar de fevereiro, ante expectativa de 50,2.
Focus
O relatório Focus, divulgado excepcionalmente nesta quinta-feira (22/02), veio com melhora nas projeções de PIB (Produto Interno Bruto) e Balança Comercial. As apostas dos economistas para o PIB saíram de 1,60% para 1,68%. Já para a Balança Comercial o saldo saiu de US$ 76,45 bilhões para US$ 80 bilhões.
Houve melhora marginal também nas Transações Correntes para este ano. Projeções de inflação e dólar oscilaram de maneira muito discreta, variando um ponto base para o IPCA (saindo de 3,82% para 3,81%) e o dólar apenas um centavo de real (saindo de R$ 4,92 para R$ 4,93).
“A economia demonstra sinais surpreendentes de vigor, com as previsões para o PIB de 2024 começando a alinhar-se às expectativas do governo de um crescimento de 2,2%”, avalia o economista André Perfeito.
Inteligência artificial no foco da bolsa de valores
No mercado europeu, o índice Stoxx 600 caminha para atingir níveis recordes, impulsionado pela euforia no setor tecnológico. Assim, a ASML, principal fabricante europeu de semicondutores, viu suas ações ascenderem cerca de 4%.
No mercado asiático, o Índice Nikkei 225 experimentou uma vigorosa ascensão, ultrapassando assim o pico histórico anteriormente alcançado durante a bolha de 1989 no Japão, com as ações de tecnologia na vanguarda.
“O entusiasmo em torno da inteligência artificial e tecnologias correlatas, conjuntamente com os sólidos lucros corporativos domésticos, uma perspectiva robusta para os exportadores em meio à desvalorização do iene e a recusa do Banco do Japão em elevar as taxas de juros, igualmente contribuíram para a euforia no mercado japonês”, acrescenta a Guide.
*Com informações da Dow Jones Newswires e do Estadão Conteúdo.