A bolsa de valores hoje fechou em alta, assim como o dólar. Há correção depois de quedas consecutivas da bolsa, que colocaram os ativos bem abaixo dos seus preços justos.
Além disso, o mercado aguarda na próxima quarta-feira (12) a decisão do Fed sobre juros e o comunicado da instituição sobre a continuidade da sua política monetária.
Também haverá divulgação do CPI, principal índice de inflação dos Estados Unidos. Ainda sobre inflação, dados brasileiros vieram acima da expectativa, mas não o suficiente para afetar negativamente os investidores para ativos de risco.
Assim, o Ibovespa subiu 0,73%, a 121.635 pontos. Na sessão de ontem, o índice ficou no zero a zero.
O que impulsionou o Ibovespa hoje
Os ativos brasileiros estão depreciados. Nesse sentido, a bolsa já cai próximo de 10% no ano, sendo um dos piores índices entre emergentes.
“Contudo, a bolsa está com um P/L (relação preço/lucro) muito abaixo da média histórica”, diz Andre Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital.
A bolsa então corrige hoje parte dessa queda que segundo Fernandes “não está ‘conversando’ com os fundamentos das empresas que permanecem bons, principalmente de empresas já consolidadas em seus respectivos setores”, complementa.
Dólar hoje
Então, o dólar à vista termina a sessão desta terça-feira em ligeria alta.
Os agentes financeiros mantiveram atenção ao cenário externo, enquanto continuam acompanhando desdobramentos envolvendo projetos do governo para atingir a meta fiscal.
Assim, o dólar comercial fechou negociado em alta de 0,07%, a R$ 5,3605. No exterior, o índice DXY avançava 0,11%, aos 105,26 pontos.
Ações em alta
- Méliuz (CASH3) 15,60%
- Dasa (DASA3) 14,22%
- Ser Educacional (SEER3) 8,48%
- Magazine Luiza (MGLU3) 7,99%
- Biomm (BIOM3) 6,36%
Ações baixa
- Clearsale (CLSA3) -6,39%
- Lojas Marisa (AMAR3) -5,49%
- Light (LIGT3) -3,90%
- Oi (OIBR3) -3,45%
- Suzano (SUZB3) -1,55%
Os rankings acima contemplam ações com volume alto, que pertencem ou não ao Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas entre as 17h20 e 17h30.
Bolsas mundiais: Nova York
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta terça-feira, véspera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio e da próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed). Apesar da sessão sem catalisadores macroeconômicas para as bolsas, o salto da Apple levou os índices S&P 500 e Nasdaq a novos recordes de fechamento pelo segundo pregão seguido.
O S&P 500 subiu 0,27%, a 5.375,32 pontos, e o Nasdaq avançou, a 17.343,55 pontos, ambos em seus maiores patamares históricos. O índice Dow Jones , por outro lado, caiu 0,31%, a 38.747,42 pontos.
A ação da Apple alcançou seu maior preço na história ao bater US$ 207,16 hoje. Os papéis da companhia fecharam muito próximos do recorde ao subirem 7,26%, a US$ 207,15.
A fabricante do iPhone foi impulsionada pelo anúncio do Apple Intelligence, nova ferramenta de inteligência artificial da companhia. Além disso, a empresa afirmou que fechou um acordo com a OpenAI para integrar o ChatGPT 4.0 às plataformas da marca.
Wall Street também se moveu para um pregão mais positivo depois do resultado de um leilão de US$ 39 bilhões em T-notes de 10 anos, que teve boa demanda de investidores institucionais e aliviou o mercado de Treasuries durante a tarde.
Europa
As bolsas da Europa fecharam em queda expressiva à medida que aumentou a cautela sobre a ascensão dos partidos de extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu. Além disso, os investidores aguardam a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) e as novas projeções econômicas, além do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio, que serão divulgados amanhã.
No fechamento, o índice Stoxx 600 caia 0,93% a 517,28 e o FTSE da Bolsa de Londres recuava 0,98% a 8.147,81 pontos. Já o Dax de Frankfurt perdia 0,66% a 18.372,39 e o Cac 40 de Paris tinha queda de 1,33% a 7.789,21.
Os investidores esperam que o Fed mantenha os juros inalterados, depois dos dados mais fortes que o esperado de mercado de trabalho revelados na semana passada alimentaram preocupações inflacionárias entre os decisores políticos, diminuindo as esperanças anteriores de vários cortes nas taxas este ano. A expectativa agora é que as novas projeções econômicas que serão divulgadas no Sumário de Projeções Econômicas (Sep) indique dois ou até apenas um corte.
No Reino Unido, os dados de emprego divulgaram hoje mostraram um aumento de desemprego de 4,3% para 4,4% no trimestre encerrado em abril, mas um crescimento salarial de 5,9% no período, o que pode dar dor de cabeça para o Banco da Inglaterra (BoE) traçar a trajetória futura das taxas.
As maiores perdas foram registradas na França, onde é grande a incerteza sobre o resultado das novas eleições convocadas pelo presidente Emmanuel Macron para 30 de junho, depois que ele dissolvou o parlamento, diante do avanço da extrema-direita.
IPCA
O IPCA de maio veio ruim, ficando acima do consenso, com alta de 0,46% contra 0,42%. Assim, a taxa em 12 meses acelera para 3,93%.
“A alta do IPCA foi impactada por habitação e transportes e, por enquanto, as pressões de alimentos não chegaram aos dados, com o índice de alimentação ainda desacelerando”, avalia Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.
Impacto do IPCA sobre juros impacta a bolsa de valores hoje
Borsoi afirma que já era imaginado que o Copom tinha terminado o ciclo de queda dos juros.
Assim, “esse IPCA, dá mais argumentos para isso. No entanto, a parte de serviços está pressionada de um jeito que o BC pode ter de subir os juros em 2025”.
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