A publicação do relatório de emprego (payroll) de outubro dos Estados Unidos hoje deve guiar os mercados e as apostas no ritmo de corte de juros do Federal Reserve (Fed) na próxima semana. A reta final das eleições americanas bem como balanços das petroleiras ExxonMobil e Chevron e dados industriais dos EUA e do Brasil devem repercutir também em meio à espera pelas medidas de corte de gastos do governo.
Exterior
Os mercados futuros em Nova York se recuperam das perdas da véspera com o salto de mais de 5% da Amazon e Intel após balanços, enquanto a Apple recuava 1,2%, pressionada pelo resultado de vendas na China. Os juros dos Treasuries sobem e o dólar também após ganhar 3,17% em outubro, com investidores à espera do payroll, após sinais difusos do mercado de trabalho e incertezas com a eleição presidencial sugerindo juros mais altos à frente.
Na Europa, o sinal positivo domina também em meio ainda ao bom desempenho de ações de energia e do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China a 50,3 em outubro, que abandonou o terreno de contração e veio acima da previsão do mercado. O petróleo ganhava mais de 2,5% com relatos de que o Irã prepara retaliação contra Israel nos próximos dias.
Brasil
O apetite por risco no exterior e o petróleo forte podem aliviar a abertura da B3, embora a queda de 1,47% do minério de ferro na China e a impaciência do mercado com a demora do anúncio das medidas fiscais sejam contrapontos. Os ADRs da Vale subiam 0,75% e o da Petrobrás avançava 0,82% no pré-mercado em Nova York. O dólar e juros futuros podem ganhar impulso com os Treasuries, se o rumo não mudar após o payroll, e com a notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará na Europa na próxima semana. Mesmo sem fixar prazo para o anúncio ou estimar o impacto desse pacote, o recado do governo é de que o material já está sendo redigido e passando por análise jurídica. Ontem, o dólar bateu R$ 5,78 após subir 6% em outubro, e os juros futuros já tocaram máximas na reta final da sessão diante também da convicção entre economistas de que o Copom vai acelerar o ritmo do aperto na próxima semana, com 0,50 ponto porcentual na Selic, a 11,25% ao ano.
*Agência Estado
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