O destaque da agenda hoje é o ministro Fernando Haddad (Fazenda) em evento, em meio a expectativas sobre uma definição quanto ao futuro do presidente Jean Paul Prates na Petrobras. A Anfavea divulga dados de março do setor. O diretor do BC Paulo Picchetti fala em Live sobre reservas internacionais. Amanhã, sai o relatório Focus e Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo têm eventos em SP. O IPCA de março sai na quarta-feira, seguido, nos dias seguintes, das varejistas e do volume de serviços. No exterior, hoje a agenda está esvaziada, mas a semana promete agitar os mercados com o CPI dos EUA, na quarta-feira, o início da safra de balanços americana do primeiro trimestre, na sexta, com nomes como Citi e JPMorgan. Ainda há discursos de dirigentes do Fed. Também haverá a decisão de juros do BCE.
Exterior
Os índices de ações do ocidente operam sem uma direção definida, mas os rendimentos dos Treasuries voltam a avançar. Em Nova York, os futuros estão no zero a zero. Já as bolsas europeias sobem após sinais de melhora da indústria alemã, em semana de decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e novos dados da inflação ao consumidor americana, o CPI. Para além do BCE, os investidores aguardam indícios quanto ao início do ciclo de queda dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Na semana passada, cresceram temores de que o Fed poderá adiar o processo de corte das taxas para o segundo semestre do ano. Essa percepção veio depois da divulgação de dados fortes do mercado de trabalho dos EUA. Nesta semana, além do CPI de março, sairá a ata da ultima reunião de política monetária do Fed e inicia a safra de balanços do primeiro trimestre nos EUA.
Brasil
A valorização de 3,19% do minério de ferro em Dalian, na volta do feriado de dois dias na China, pode estimular alta do Ibovespa e Vale, apesar do viés negativo dos índices futuros de ações de Nova York e o recuo do petróleo. Na sexta, o principal indicador da B3 caiu 0,50%, aos 126.795,41 pontos. Uma eventual volatilidade no pregão não pode ser descartada, diante das incertezas envolvendo a gestão da Petrobras e também com relação à retenção dos dividendos extraordinários. Caso o montante seja liberado, traria alívio fiscal à equipe econômica no curto prazo, abrindo espaço para gastos extras de até R$ 15,7 bilhões neste ano.
O presidente Lula pode se reunir com ministros hoje para discutir o caso da Petrobras. Fica ainda no foco uma eventual decisão do governo da meta fiscal de 2025 nesta semana. E a alta do minério na China pode beneficiar o real também, mas o avanço dos rendimentos dos Treasuries é risco ainda para os juros futuros. A agenda de indicadores hoje é esvaziada, o destaque fica por conta da participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento.
*Agência Brasil