Os números do setor público consolidado e o Boletim Focus são os destaques desta semana de agenda esvaziada no Brasil e no exterior por conta do feriado de Ano Novo. Amanhã e quarta-feira, os mercados domésticos não abrem. Nos Estados Unidos, hoje será divulgado o índice ISM de Chicago de dezembro e vendas pendentes de imóveis em novembro, enquanto na China saem os índices de gerentes de compras (PMI) industrial, de serviços e composto de dezembro pelo NBS. Após o feriado de quarta-feira, são esperados os PMI da indústria da Alemanha, zona do euro e Reino Unido e EUA.
Exterior
Os futuros de Nova York operam no vermelho, enquanto na Europa os sinais nas bolsas são mistos em dia de apenas indicadores secundários nos EUA. No fim de semana, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Robert Holzmann disse em entrevista que a instituição poderá demorar mais para voltar a cortar juros de novo, diante de uma recente aceleração da inflação na zona do euro. As ação da Boeing caíam 4,50% às 7h30 no pré-mercado de Nova York, após a queda de um avião da companhia aérea americana na Coreia do Sul matar 179 pessoas no fim de semana. Além disso, uma outra aeronave da Boeing foi obrigada a fazer um pouso de emergência na Noruega, também no fim de semana.
Brasil
O dia pode ser de alívio para os ativos brasileiros após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino liberar ontem parte dos R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão que ele próprio havia bloqueado. Na decisão, Dino voltou a defender o inquérito da Polícia Federal para investigar a captura das emendas de comissão. Por outro lado, as quedas dos futuros de NY e do petróleo podem limitar uma melhora. As ações da Petrobrás também ficam no radar. O mercado também olha o desempenho do setor público. A expectativa é de um déficit de R$ 6,855 bilhões nas contas em novembro, após superávit de R$ 36,883 bilhões em outubro. O futuro líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, defendeu que a principal tarefa de Gabriel Galípolo no comando do Banco Central será conter o câmbio com mais intervenções. O deputado espera que Galípolo “fale bem” do governo e que isso acalmará o mercado e ajudará na redução dos juros.
*Agência Estado