quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Search

Mercado aumenta previsão da inflação de 4,1% para 4,12% em 2024

IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, sobe 0,01% em abril ante março

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve aumento, passando de 4,1% para 4,12% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (5), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação subiu de 3,96% para 3,98%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Em junho deste ano, o colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em junho, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, a inflação do país foi 0,21%, após ter registrado 0,46% em maio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,23%. A inflação de julho será divulgada na próxima sexta-feira (9).

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um ambiente externo adverso e do aumento das incertezas econômicas, na semana passada, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, após um ciclo de sete reduções que foi de agosto de 2023 a maio de 2024.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9% ao ano, para os dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,19% para 2,2%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é crescimento de 1,92%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,30 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique nesse mesmo patamar.

*Agência Brasil

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3.



Fonte: B3 – Bora Investir

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Dólar cai para R$ 4,97 após decisão do Fed

Dólar cai para R$ 4,97 após decisão do Fed

Caixa começa a pagar parcela do Bolsa Família de outubro

Caixa começa a pagar parcela do Bolsa Família de outubro

Censo: IBGE propõe nova classificação para espaços territoriais

Censo: IBGE propõe nova classificação para espaços territoriais

Desemprego cai para 6,9% no trimestre até junho, aponta IBGE

Desemprego cai para 6,9% no trimestre até junho, aponta IBGE

Agricultura vai querer voltar para mercado de carbono, diz Haddad

Agricultura vai querer voltar para mercado de carbono, diz Haddad

“O mercado de capitais teve um crescimento extraordinário”, diz Roberto Campos Neto

“O mercado de capitais teve um crescimento extraordinário”, diz Roberto Campos Neto

Segunda emissão de títulos verdes rende US$ 2 bi com taxas menores

Segunda emissão de títulos verdes rende US$ 2 bi com taxas menores

Prévia da inflação oficial de setembro fica em 0,35%, aponta IBGE

Prévia da inflação oficial de setembro fica em 0,35%, aponta IBGE

Queda da inflação deve tirar até R$ 30 bi da arrecadação de 2023

Queda da inflação deve tirar até R$ 30 bi da arrecadação de 2023

Galípolo fica no foco em dia de ata do Copom

Galípolo fica no foco em dia de ata do Copom

Novo sistema FGTS Digital entra em vigor nesta sexta-feira

Novo sistema FGTS Digital entra em vigor nesta sexta-feira

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,5 bilhões de valores a receber

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,5 bilhões de valores a receber

Preço de alimentos e juros contribuíram para frear inflação em 2023

Preço de alimentos e juros contribuíram para frear inflação em 2023

Inadimplência do consumidor aumenta em janeiro após 2 meses de queda

Inadimplência do consumidor aumenta em janeiro após 2 meses de queda

Imposto de Renda: Receita abre nesta 3ª consulta a lote de restituição

Imposto de Renda: Receita abre nesta 3ª consulta a lote de restituição

Ibovespa sobe 0,73% e reduz distorções na bolsa antes do discurso do Fed; dólar tem leve alta

Ibovespa sobe 0,73% e reduz distorções na bolsa antes do discurso do Fed; dólar tem leve alta