A pesada agenda desta semana traz uma série de decisões de política monetária, com destaque para a do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mas são esperados também os desfechos das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), Banco da Inglaterra (BoE), Banco do Japão (BoJ), além dos Bcs do México, Austrália, Turquia e Rússia. O presidente do Fed, Jerome Powell, fala duas vezes na semana, uma delas na coletiva após a decisão do BC americano, na quarta-feira. No Brasil, hoje será divulgado o IGP-10 de março e IBC-Br de janeiro, além dos balanços da Braskem, Itaúsa e Magazine Luiza, após o fechamento dos mercados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoverá hoje a primeira reunião ministerial do ano para cobrar da equipe o andamento de programas e ações no momento em que pesquisas indicam a queda de sua popularidade.
Exterior
O humor é misto nas bolsas internacionais em semana de decisões de vários BCs. Os futuros de Nova York operam sem direção única, mas na Europa as bolsas sobem. Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou para 2,6% em fevereiro, de 2,8% em janeiro, e o núcleo teve alta de 3,1% na comparação anual, de 3,3% em janeiro, dentro do previsto em ambos os casos.
Na Rússia, o presidente Vladimir Putin foi reeleito novamente presidente e ficará no poder até 2030. Na Ásia, as bolsas subiram após indicadores melhores da China. A produção industrial, as vendas no varejo e os investimentos em ativos fixos na segunda maior economia do mundo aumentaram mais do que o previsto nos primeiros dois meses do ano, mas o setor imobiliário chinês continua sendo foco de preocupação.
POR AQUI.
A segunda-feira pode ser positiva para o Ibovespa em meio ao avanço da maioria das bolsas internacionais, além de alta do petróleo e do minério de ferro, que subiu 0,94% hoje em Dalian, na China. O EWZ, maior fundo de índice de papéis do Brasil negociado em Nova York, subia 0,90% no pré-mercado perto das 7h30. O mercado olha o IBC-Br e o IGP-10, mas a grande expectativa está mesmo com as decisões do Fed e do Copom.
No fiscal, o governo Lula deve precisar bloquear de R$ 5 bilhões a R$ 15 bilhões do Orçamento para cumprir o limite de despesas do novo arcabouço fiscal, segundo técnicos ouvidos pela Folha de São Paulo. Relatório de Projeções Fiscais do Tesouro, divulgado na sexta-feira, revelou que, embora projeções do mercado ainda coloquem em dúvida a capacidade de o governo arrecadar o necessário para atingir a meta de déficit zero neste ano, o Tesouro atualizou de R$ 168,5 bilhões para R$ 170,8 bilhões o potencial do pacote de receitas adicionais elaborado para 2024. O Tesouro apontou ainda que, sem medidas adicionais para elevar a arrecadação, o governo não conseguiria cumprir a meta de gerar um superávit no resultado primário de 2025 e 2026.
*Agência Estado