Esta terça-feira é de agenda fraca nos mercados no exterior e no Brasil. A reunião de líderes do Senado com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prevista para esta manhã, é destaque interno, bem como a primeira prévia do IGP-M de janeiro. No exterior, agenda tem a divulgação da balança comercial americana relativa a novembro.
Exterior tem agenda fraca e mercados em queda
Em dia de agenda esvaziada, os índices futuros de ações de Nova York e a maioria das bolsas europeias cedem, após ganhos da véspera, em meio à confiança de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) começará a cortar juros em março. Ontem, a diretora do Fed, Michelle Bowman, foi na direção oposta ao que o mercado espera, ao dizer que a política monetária do BC dos EUA já é restritiva o suficiente para trazer a inflação de volta à meta de 2%, caso mantida no nível atual pelo tempo necessário.
Na Europa, há novos sinais de esfriamento econômico, após a produção industrial da Alemanha cair, contrariando previsão de estabilidade. O indicador veio um dia após o fraco desempenho das encomendas à indústria alemã.
Já as bolsas asiáticas fecharam sem direção única. Por lá, há relatos de que o banco central chinês poderá adotar medidas de relaxamento monetário, inclusive corte de compulsórios, para impulsionar a concessão de crédito.
O petróleo sobe quase 2%, após perdas de mais de 4% de ontem. O dólar opera perto da estabilidade ante a maioria das moedas e os retornos dos Treasuries longos estão em leve alta.
Por aqui, atenções se voltam à Brasília
A despeito do recuo das bolsas, a valorização do petróleo pode instigar alguma valorização do Ibovespa, que ontem subiu moderadamente, defendendo o nível dos 132 mil pontos. Contudo, a variação pode ser contida no Índice Bovespa, assim como no câmbio e nos juros futuros, seguindo a toada externa.
Os investidores ficarão atentos a um encontro previsto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com líderes do Senado para debater a MP da compensação pela desoneração da folha. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentará argumentar nas negociações que a melhor forma de o Congresso ter protagonismo político no debate da desoneração da folha é o tema ser tratado por meio de Medida Provisória, que foi a forma como o governo encaminhou a discussão.