O IPCA-15 de fevereiro é o destaque da agenda desta terça-feira e poderá ajudar no ajuste das apostas para Selic no final do ciclo de afrouxamento monetário. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa virtualmente dos compromissos previstos para esta terça-feira, 27, após ter testado positivo para covid-19, um deles com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, e outro com governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco dos BRICS, comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Nos Estados Unidos, as atenções ficam no vice-presidente de regulação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michael Barr. Também serão divulgados as encomendas de bens duráveis dos EUA e o índice de confiança do consumidor dos EUA, medido pelo Conference Board.
Exterior tem dia fraco de indicadores
As bolsas europeias mostram leve alta nesta manhã, diante da melhora da confiança do consumidor na Alemanha, embora o sentimento permaneça contido em meio a um fraco clima econômico. Além disso, alguns balanços ajudam as bolsas de Paris e Londres: a companhia de telecomunicações francesa Bouygues Telecom e a gestora de ativos britânica abrdn. Os futuros de Nova York oscilam mais perto da estabilidade, com sinal positivo, após as bolsas terem fechado com leves perdas, em uma pausa das máximas históricas que Wall Street conquistou na semana passada diante de uma renovada onda de euforia com as perspectivas da inteligência artificial (IA).
No Brasil, investidores repercutem IPCA-15
A esperada aceleração do IPCA-15 de fevereiro, que mostrou alta de 0,78%, de 0,31% em janeiro, poderá trazer um ajuste para cima nos juros mais curtos e balizar as apostas para Selic deste ano. O sinal positivo dos futuros de Nova York poderá dar algum fôlego ao Ibovespa. O EWZ, maior fundo de índice de papéis do Brasil negociado em Nova York, subia 0,60% no pré-mercado às 7h24.
No radar também estão as discussões sobre a reoneração da folha de pagamentos. A equipe que faz análise jurídica das medidas do governo está de sobreaviso para arrematar a medida provisória que revogará a reoneração. Apesar disso, apurou o Broadcast Político, ainda não há certeza se será possível o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar o texto antes da viagem que fará nesta semana. Em velocidade normal, um texto como a da revogação da desoneração demora de um a dois dias para ter a análise concluída e estar pronto para a assinatura do presidente da República – se não houver necessidade de ajustar a proposta.
*Agência Estado