Os índices de preços ao consumidor do Brasil (IPCA), dos Estados Unidos (CPI) e da China de dezembro são destaques. Por aqui, o IBGE anunciou há pouco que o IPCA de dezembro acelerou para 0,56%, fechando o ano de 2023 em 4,62%.
Nos EUA, ainda sairão os pedidos de auxílio-desemprego e o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Richmond, Thomas Barkin, discursa em evento. Por aqui, tem ainda o leilão de prefixados do Tesouro.
Exterior à espera de CPI dos EUA
O tom otimista abarca os mercados de ações, dos Treasuries e do petróleo, principalmente, a poucas horas da divulgação do dado mais relevante da semana, o CPI dos EUA. O indicador pode ajudar a definir a possível trajetória de queda dos juros básicos americanos este ano, que foi desordenada após a divulgação do payroll, na semana passada.
A expectativa mediana é de alta de 0,2% no CPI em dezembro ante novembro e de 3,2% na comparação anual, após elevação de 0,1% e de 3,1%, respectivamente.
Ontem, as bolsas de Nova York encerraram os negócios com ganhos, em meio a apostas um pouco mais otimistas de que o Fed poderá começar a reduzir juros em março. Na Ásia, quase todas as bolsas fecharam em alta. Na China, os investidores renovaram as esperanças de mais estímulos monetários.
A moderada busca por risco no exterior tende a influenciar os ativos brasileiros, que avaliam além do CPI americano o IPCA de dezembro e de 2023. Além disso, o recuo dos rendimentos dos Treasuries pode beneficiar principalmente os juros futuros, que também olham o leilão de prefixados do Tesouro, enquanto o Ibovespa ainda tende a refletir a valorização dos ADRs das blue chips no pré-mercado de Nova York, em meio a sinais de estímulos à China.
Essa ideia pode estimular o real apesar da indicação de estabilidade do dólar no exterior, que ainda acompanha o leilão de swap cambial pelo Banco Central. Aliás, o mercado como um todo acompanhará com a greve de 24 horas prevista para hoje dos servidores do BC. A extensão da greve ameaça cada vez mais a meta de déficit zero do governo. Os auditores afirmam que a arrecadação ficará comprometida enquanto o acordo firmado pela categoria com o governo em 2016 for descumprido.
*Agência Estado