segunda-feira, 19 de maio de 2025
Search

Ministros dos G20 não chegam a consenso sobre comunicado conjunto

Ministros dos G20 não chegam a consenso sobre comunicado conjunto

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Em entrevista à imprensa na noite desta quinta-feira no encerramento do G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que não houve consenso entre os países do bloco para elaborar um comunicado conjunto sobre o evento, que reuniu ministros de finanças e dos Bancos Centrais do bloco, em São Paulo.

Segundo o ministro, houve entendimento em torno dos temas específicos trabalhados na trilha financeira, mas a falta de consenso recaiu quanto à referência sobre conflitos geopolíticos. “No que diz respeito à trilha financeira, houve consenso em tudo o que nós tratamos. Nós não discutimos temas dos conflitos geopolíticos em nossas reuniões. Isso não foi trazido para discussão em plenário. E aí fica muito difícil quando os ministros e os presidentes dos Bancos Centrais não participam da discussão, chegar a um consenso sobre um tema que não era e não foi tratado no âmbito da trilha financeira”, disse o ministro.

No entanto, acrescentou Haddad, deverá ser publicado nas “próximas horas” um documento no site do Ministério da Fazenda, já que o Brasil ocupa a presidência do bloco neste momento. “Vamos divulgar aquilo que seria consenso da trilha financeira no site do Ministério nas próximas horas. Isso está fechado e seria assinado se não fosse a insistência de alguns membros do G20 de fazer constar uma nota, que seria até de rodapé, que não comporia o corpo do comunicado, fazendo referência a essas questões sobre as quais houve uma certa insistência”.

Para Haddad, os conflitos geopolíticos que geraram o impasse deveriam ter sido tratados nos eventos diplomáticos – e não na trilha financeira. “Esse comunicado da presidência é a expressão consensual daquilo que foi discutido no âmbito do fórum ao qual pertencemos. Nós havíamos nutrido a esperança de que temas mais sensíveis relativos à geopolítica fossem debatidos exclusivamente no track diplomático. Imaginávamos que essa divisão de trabalho pudesse acontecer. Mas como na reunião da semana passada, no Rio de Janeiro, não se chegou a uma redação comum, isso acabou contaminando o estabelecimento de um consenso na nossa, se tornou quase uma impossibilidade lógica. Se não foi possível lá, dificilmente iríamos chegar a uma solução satisfatória aqui”.

Questionado por jornalistas se a falta de consenso para a elaboração de um documento conjunto o deixou frustrado, Haddad respondeu que a “reunião [do G20] foi um sucesso, a trilha financeira foi um sucesso”.

“Fomos aplaudidos no resultado da reunião. O final da reunião foi apoteótico. Mas agora vamos trabalhar mais duro nessas questões onde houve dissenso”, afirmou.

Tributação de grandes fortunas

Haddad disse ainda que o Brasil espera concluir a presidência no G20, que termina em novembro deste ano, tendo encerrado os pilares 1 e 2 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Económico (OCDE). Os dois pilares tratam da distribuição dos direitos de tributação sobre os lucros das multinacionais entre os países e o estabelecimento de uma tributação mínima global para essas empresas globais. “Nossa intenção é abrir um horizonte de discussões que passem por temas que não foram tratados”.

Durante a realização do G20 em São Paulo, Haddad chegou a propor um terceiro pilar: a tributação sobre os bilionários.

“Como os dois primeiros pilares, haverá muito debate a respeito disso [pilar 3], o que é absolutamente natural, até porque nem todo país sente da mesma maneira esse problema que foi trazido pelo G20 pelo Brasil. Há países bem equacionados em relação a isso e que não sofrem com a falta de regras internacionais sobre tributação. Em geral, [são] os países muito ricos”, explicou.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Usina Nuclear Angra 2 retorna ao Sistema Interligado Nacional

Usina Nuclear Angra 2 retorna ao Sistema Interligado Nacional

Geração de energia brasileira aumentou 10,3 mil MW em 2023

Geração de energia brasileira aumentou 10,3 mil MW em 2023

Haddad espera aprovação de meios para Plano de Transformação Ecológica

Haddad espera aprovação de meios para Plano de Transformação Ecológica

Mercado vê Selic terminal mais próxima de 15%

Mercado vê Selic terminal mais próxima de 15%

BC lança moeda comemorativa dos 200 anos da Constituição de 1824

BC lança moeda comemorativa dos 200 anos da Constituição de 1824

Contas públicas têm superávit de R$ 36,9 bilhões em outubro

Contas públicas têm superávit de R$ 36,9 bilhões em outubro

Prévia da FGV aponta crescimento da economia de 3% em 2023

Prévia da FGV aponta crescimento da economia de 3% em 2023

Quer ganhar a Mega da Virada? Saiba o quanto você precisa gastar para levar o prêmio

Quer ganhar a Mega da Virada? Saiba o quanto você precisa gastar para levar o prêmio

BNDES antecipa liberação de R$ 5,1 bilhões para o Plano Safra

BNDES antecipa liberação de R$ 5,1 bilhões para o Plano Safra

Enviei a declaração com erro. Como corrijo?

Enviei a declaração com erro. Como corrijo?

Em posse, Magda diz que petróleo vai financiar transição energética

Em posse, Magda diz que petróleo vai financiar transição energética

Haddad diz que governo está preocupado com o custo da energia

Haddad diz que governo está preocupado com o custo da energia

Novas regras da Caixa para financiamento de imóveis entram em vigor

Novas regras da Caixa para financiamento de imóveis entram em vigor

CNC estima injeção de R$ 125,6 bilhões na economia com 13º salário

CNC estima injeção de R$ 125,6 bilhões na economia com 13º salário

Arrecadação federal cai 4,14% e chega a R$ 172,78 bilhões em agosto 

Arrecadação federal cai 4,14% e chega a R$ 172,78 bilhões em agosto 

Ibovespa fecha em queda de 1,69% e dólar avança a R$ 4,92 com guerra e juros em alta

Ibovespa fecha em queda de 1,69% e dólar avança a R$ 4,92 com guerra e juros em alta