A inflação ao consumidor dos Estados Unidos medida pelo PCE fica em destaque nesta sexta-feira. A agenda dos Estados Unidos traz ainda o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan e o discurso da diretora do Federal Reserve (Fed) Michelle Bowman. No Brasil, os mercados acompanham eventos com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen (9H15). Entre os indicadores estão os dados do Caged e o IGP-M de setembro. A Aneel deve definir a bandeira tarifária de outubro.
Exterior
O iene tem alta firme ante o dólar nesta sexta-feira após Shigeru Ishiba ganhar a disputa para se tornar o primeiro-ministro do Japão e em meio à avaliação de que ele tende a ser mais conservador ou “hawkish”, o que significa ser mais favorável à retirada de estímulos econômicos, segundo analistas.
Em NY, os índices futuros das bolsas operam sem fôlego à espera do PCE, o índice de inflação favorito do Fed. A diretora do Fed Lisa Cook afirmou ontem que, nos últimos meses, os riscos ascendentes diminuíram para a inflação, mas os descendentes cresceram para o emprego, enquanto a demanda no mercado de trabalho moderou.
Na Europa, o sinal é positivo nas bolsas mesmo após o índice de sentimento econômico da zona do euro ter mostrado queda para 96,2 pontos em setembro, ante 96,5 pontos em agosto.
Brasil
O Ibovespa pode buscar mais um dia de ganhos, mas a fraqueza dos futuros de NY tende a ser um fator limitante. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,30% no pré-mercado de NY às 7h30. Os ADRS da Petrobrás subiam 0,60%.
Os dados do Caged ficam no radar. A mediana do mercado indica criação líquida de 241 mil vagas com carteira assinada em agosto, acelerando do saldo positivo de 188.021 vagas em julho. Sinais de economia mais forte devem reforçar a necessidade de mais aperto monetário. Por enquanto o mercado espera mais duas altas de 50 pontos-base da Selic este ano.
Após a Fitch divulgar relatório sobre o Brasil, o Ministério da Fazenda disse em nota que a agência não considera dois elementos fundamentais: a reoneração gradual da folha com as compensações exigidas pelo STF e o fim do Perse em 2025. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre o encontro que teve com as agências de risco em Nova York na segunda-feira e garantiu que o governo não gastará o que não tem e que está “apostando” que o País chegará a 3,5% de crescimento neste ano.
*Agência Estado