O Banco do Brasil (BBAS3) sinalizou nesta sexta-feira (9) que está trabalhando num plano plurianual, que contempla perseguir um payout de 45% até 2027.
“Conservadoramente, é perfeitamente possível para o médio prazo”, disse o vice-presidente de finanças do BB (BBAS3), Marco Geovanne Tobias da Silva.
Payout significa quanto do lucro uma empresa distribui aos acionistas na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio.
Na noite de quinta-feira, o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou a elevação do payout de 40% para 45% neste ano de 2024.
Assim, nas contas da XP, em totais isso significa que a distribuição de dividendos pode chegar a R$ 17 bilhões em 2024.
Isso tomando como base o meio do intervalo da previsão do BB (BBAS3) para este ano, de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões.
Isso representaria também um dividend yield de 10% para o ano, acrescentou a XP.
O dividend yield é calculado a partir do valor de dividendos pagos pela empresa divido pelo preço da ação.
Sua previsão para este ano é de que o lucro fique entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões.
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BB (BBAS3): planos para o futuro
Na apresentação dos resultados de 2023 a investidores e jornalistas, executivos do banco ofereceram pistas de prioridades a serem perseguidas para manter esse nível de remuneração aos acionistas.
Confira:
- Contratação de 3 mil profissionais de tecnologia e ciberssegurança ainda em 2024;
- Acelerar as receitas com antecipação de recebíveis após o fechamento de capital da Cielo;
- Ampliar a oferta de crédito consignado para trabalhadores do setor privado;
- Acelerar os empréstimos para compra de automóveis e o home equity, financiamento que tem o imóvel como garantia
- Ampliação do banco digital, combinado com ‘modelos mais leves de presença física’ para atendimento ao público de varejo;
- Reforço da aposta no Banco Patagonia, braço do BB na Argentina, com foco no financiamento ao comércio exterior;
- Manutenção do agronegócio como principal motor de crescimento do crédito, porém com níveis cada vez mais e seguros e garantias, para limitar perdas potenciais com quebra de safra.
Reação do mercado
Em relatório, o Itaú BBA chamou o resultado do 4° trimestre de “decente” e reforçou a recomendação de compra para BBAS3, com preço-alvo de R$ 65.
Isso representa potencial de alta de cerca de 13% em relação aos preços atuais.
Já a XP classificou os resultados como “impressionantes”. A casa também manteve recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 61.
Ou seja: alta potencial de 6%.
Essas avaliações, no entanto, contrastavam com o desempenho da ação na bolsa nesta sessão.
Por volta de 13h40 (horário de Brasília), BBAS3 recuava 1,95%, a R$ 57,40. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,3%.
No acumulado dos últimos 12 meses, contudo, o papel tem valorização de cerca de 60%.