O Ibovespa avançou nesta terça-feira (18), véspera da decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, beneficiado pela queda dos juros americanos e pelo avanço das ações da Petrobras (as ordinárias subiram 3,36% e as preferenciais, 3,13%), após a empresa realizar acordo para encerrar pendências com o Carf.
Ibovespa hoje
Agentes seguiram atentos, ainda, ao cenário doméstico, em dia de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,41%, aos 119.631 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 118.872 pontos, e, nas máximas, os 120.109 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,90 bilhões no Ibovespa e R$ 18,32 bilhões na B3.
Dólar hoje
O dólar à vista exibiu leve apreciação contra o real na sessão desta terça-feira, véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e de feriado nos Estados Unidos.
Preocupações em torno de uma nova divisão no colegiado se refletiram no comportamento do mercado e ajudaram a elevar, ainda que de forma contida, os prêmios de risco no mercado de câmbio, especialmente após críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à condução da política monetária.
O movimento do real foi diferente da dinâmica de algumas moedas pares, como o peso mexicano e o rand sul-africano, que buscaram recuperação após desvalorização recente.
No fim do pregão no mercado à vista, o dólar comercial exibiu alta de 0,22%, a R$ 5,4335, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,3929 e encostado na máxima de R$ 5,4444. Já o euro comercial avançou 0,26%, a R$ 5,8339. Perto das 17h15, o índice DXY caía 0,07%, aos 105,251 pontos.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, véspera de feriado nos Estados Unidos em que os mercados locais ficarão fechados.
Após um pregão morno em grande parte do dia, os índices ganharam força junto de ações ligadas ao setor de inteligência artificial (IA) generativa. Com isso, os índices S&P 500 e Nasdaq novamente bateram recordes históricos.
O índice Dow Jones teve alta de 0,15%, a 38.834,86 pontos; o S&P 500 subiu 0,25%, a 5.487,03 pontos; e o Nasdaq avançou 0,03%, a 17.862,23 pontos.
Hoje, a Nvidia ultrapassou a Microsoft e se tornou a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo. A ação da companhia saltou 3,51%, a US$ 135,58.
Além da big tech, outros papéis de empresas beneficiadas pelo entusiasmo com a inteligência artificial generativa exibiram forte alta, como a designer de chips Arm (8,63%), Dell (5,01%), Micron Technology (3,80%) e Super Micro Computer (3,67%).
Ao longo do dia, diversos diretores do banco central americano (Federal Reserve, o Fed) falaram e reforçaram a leitura de que um progresso maior da inflação em direção à meta de 2% será necessário antes de um corte de juros.
O tom dos comentários, porém, divergiu, já que alguns banqueiros centrais se mostraram mais otimistas com o cumprimento da meta, enquanto um deles chegou até a cogitar a possibilidade de voltar a subir os juros.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários da Europa fecharam o dia em alta, enquanto os agentes aguardam as decisões de juros de bancos centrais das principais economias do continente.
O Banco da Inglaterra (BoE), o banco central da Noruega – o Norges Bank – e o banco central da Suíça (SNB) publicam suas decisões na quinta-feira. O mercado espera que os dois primeiros mantenham as taxas inalteradas, enquanto o SNB deve realizar um corte.
O índice Stoxx 600 subiu 0,66%, a 514,87 pontos. O Dax de Frankfurt avançou 0,35% a 18.131,97 pontos; e o Cac 40, de Paris, subiu 0,76%, para 7.628,80 pontos. O FTSE, da bolsa de Londres, teve alta de 0,60%, para 8.191,29 pontos.
Entre as companhias, o destaque positivo do dia ficou com a empresa de serviços financeiros Hargreaves Lansdown, que subiu 5,26%. Na ponta negativa, os papéis do Carrefour caíram 4,26%, após notícias de que o governo francês pretende multar o grupo.
Além das decisões de juros do continente europeu, os agentes seguem de olho no Federal Reserve (Fed). “Os mercados aguardam uma série de discursos das autoridades do Federal Reserve mais tarde [após o fechamento do mercado europeu], esperando pistas sobre as perspectivas das taxas de juros dos EUA, com pouco menos de dois cortes de 25 pontos-base nas taxas previstos para 2024″, escreveram os analistas do IG, em nota.
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