O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu ao ritmo anualizado de 2,8% no segundo trimestre de 2024, segundo cálculo inicial divulgado hoje pelo Departamento de Comércio do país. O resultado superou o teto das estimativas de analistas, que variavam de altas de 1% a 2,5%, com mediana de 2,1%.
A leitura inicial mostrou forte aceleração da economia americana em relação ao primeiro trimestre, quando o PIB dos EUA mostrou expansão anualizada de 1,4%.
Segundo o Commerzbank, o resultado representa “um aval da nossa avaliação de que a economia dos EUA não entrará em recessão”. Na interpretação dos analistas do banco, o avanço do PIB “foi de base disseminada, com exceção da construção”. Ainda assim, o banco avalia, em comentário a clientes, que “não está muito distante” o início dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), pois a inflação “desacelera de modo notável”.
Já a Capital Economics entende que o avanço maior do que o esperado deve deixar o Fed um pouco mais confortável para manter seus juros nos níveis atuais na reunião de política monetária da próxima semana. Por outro lado, a recente piora nas condições do mercado de trabalho e sinais de inflação mais contida significam que há uma forte justificativa para reduzir as taxas no encontro seguinte, em setembro.
O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu ao ritmo anualizado de 2,6% no segundo trimestre, perdendo força depois de avançar 3,4% no primeiro trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, aumentou 2,9% entre abril e junho, desacelerando também ante o ganho de 3,7% do trimestre anterior.
O PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve, ou Fed, como é conhecido o banco central dos EUA.
*Com informações da Agência Estado
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