Com o feriado de 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos, as atenções ficam hoje nas eleições no Reino Unido e na ata do Banco Central Europeu (BCE). Aqui, a agenda traz a balança comercial e o leilão de LTN e NTN-F. O grupo de trabalho que debateu as regras gerais de operação dos tributos criados sobre o consumo, que vão substituir PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS após um período de transição (2026 a 2033), vai apresentar o parecer nesta quinta-feira (4). Com isso, Lira espera que as bancadas possam se reunir e discutir o texto.
Exterior
A liquidez nos mercados globais é afetada pelo feriado nos EUA, mas o sinal é positivo nas bolsas europeias, inclusive na de Londres, em dia de eleições no Reino Unido. A libra e os rendimentos dos títulos do governo britânico (Gilts) também estão em leve alta. O Partido Trabalhista, que deverá vencer, provavelmente manterá a estabilidade política e fiscal, preveem os estrategistas, acrescentando que “isso deve sustentar os Gilts curto prazo”. Se confirmado, o resultado levará o líder da legenda, Keir Starmer, a substituir o atual primeiro-ministro britânico, o conservador Rishi Sunak, no cargo.
Na Alemanha, as encomendas à indústria sofreram uma queda de 1,6% em maio ante abril, frustrando a expectativa de analistas, que previam avanço de 1% no período. Já nos EUA, cresceram ontem as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começar a cortar juros em setembro, após dados mais fracos do que o esperado do mercado de trabalho americano.
Brasil
O anúncio de que poderá haver um corte de R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, feito ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode trazer alívio aos mercados locais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que o Brasil “jamais” será irresponsável do ponto de vista fiscal. A alta de 1,7% do minério de ferro deve ajudar, apesar de o petróleo operar em leve queda. A reforma tributária segue no radar.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária deve ir para votação no plenário na semana que vem. De acordo com Lira, o grupo de trabalho sobre a regulamentação da lei geral da reforma apresentará o relatório na manhã desta quinta-feira. O conteúdo será divulgado já sob a expectativa de que haverá mais modificações e ajustes, porque o relatório não entrará nas questões mais controversas da reforma, como a composição da cesta básica com imposto zero, com a eventual inclusão das carnes, nem mudanças no Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado” – que vai incidir sobre itens nocivos à saúde e ao meio ambiente.
*Agência Estado