A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 7,8%.
Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,4%. No trimestre encerrado em dezembro de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,4%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.078 no trimestre encerrado em janeiro, um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 305,125 bilhões no trimestre até janeiro, alta de 6,0% ante igual período do ano anterior.
Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, “esse é mais um resultado que mostra a resiliência do mercado de trabalho brasileiro, que volta a ficar em patamares próximos do mínimo recente”. Quanto aos salários, o economista aponta que o aumento marginal foi resultado principalmente do setor público formal. “Pensando, agora, nas suas implicações para o cenário de inflação de médio prazo, a dinâmica traz alguma preocupação, sobretudo com a nova regra do salário mínimo”, afirmou, em nota.
“De modo geral, a leitura qualitativa do indicador é de que o mercado de trabalho segue forte e com uma composição saudável, recuperando suas características intrínsecas. Olhando à frente, entendemos que os efeitos defasados da política monetária contribuirão para uma desaceleração da atividade econômica e um consequente aumento da taxa de desemprego, que ainda resistirá em patamares historicamente baixos por mais um bom tempo”, completa Cadilhac.
*Com informações da Agência Estado