A leitura preliminar de índices de gerentes de compras (PMIs), as vendas de moradias novas e discurso da diretora do Federal Reserve (Fed) Michelle Bowman são destaques da agenda dos Estados Unidos. No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, participa de evento no Rio de Janeiro, neste primeiro dia de validade do período de silêncio do Comitê de Política Monetária (Copom), já que o comitê se reunirá para definir a taxa Selic na próxima semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro. O petista promove a ideia por meio da presidência do G20, que neste ano está com o Brasil.
Exterior
A cautela toma conta dos mercados globais nesta quarta-feira, em meio a balanços e dados de atividade. O resultado da montadora de veículos elétricos Tesla e comentários da teleconferência da Alphabet, controladora do Google, azedam o humor no pré-mercado em Nova York e respingam nas praças europeias. Os papéis das duas empresas estão em forte queda, assim como os do banco alemão Deustche Bank, que teve o primeiro prejuízo desde 2020.
Também na Europa, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro atingiu em julho o menor nível em cinco meses e mostra estagnação da atividade. Na Alemanha, o PMI composto caiu ao menor nível em quatro meses e mostra contração.
As eleições presidenciais nos EUA não saem mais do radar. A vice-presidente, Kamala Harris, lidera a corrida eleitoral com 44% das intenções de voto na disputa com o ex-presidente republicano Donald Trump, que tem 42%, de acordo com a pesquisa conduzida pelo instituto Ipsos para a agência Reuters divulgada ontem, realizada logo após a desistência do presidente Joe Biden de concorrer à Casa Branca.
Brasil
A posição defensiva vista no exterior deve pesar nos ativos domésticos em dia de agenda esvaziada. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, operava estável perto das 7h30 no pré-mercado. As quedas do petróleo e de 1,65% do minério de ferro tendem a pressionar ações ligadas a commodities na B3 e o investidor também reage a balanços, como os do Santander e Neoenergia.
A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, disse ontem que o problema dos gastos no Brasil se relaciona aos crescentes gastos tributários, com renúncias fiscais, e não a benefícios sociais bem aplicados. Indagada sobre como equilibrar a necessidade de corte nos gastos com a determinação do presidente Lula de “colocar o pobre no Orçamento”, a ministra disse que a resposta é gastar bem o dinheiro público. Segundo Tebet, a distribuição dos cortes nos gastos públicos, que somam R$ 15 bilhões, será informada em decreto presidencial, no próximo dia 30, após o relatório bimestral que avalia o comportamento de receitas e despesas.
*Agência Estado
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