O banco suíço UBS completou nesta sexta-feira, 31, a fusão com o Credit Suisse, seu maior rival histórico, que comprou no ano passado. Com a conclusão, o Credit Suisse foi retirado do órgão equivalente à junta comercial de Zurique, e deixou de existir como uma empresa independente após 167 anos.
A operação entre os dois bancos foi anunciada em março do ano passado, e foi costurada pelas autoridades da Suíça diante da crise que se abateu sobre o Credit, afetado por uma série de escândalos nos últimos anos e, mais recentemente, pela redução da confiança dos investidores globais no setor após a crise dos bancos regionais dos Estados Unidos, que levou à quebra do Silicon Valley Bank (SVB).
Nos próximos meses, os clientes do Credit continuarão a utilizar as plataformas e ferramentas do banco para se relacionar com o UBS. Entretanto, todos já foram migrados para a base do “novo” UBS.
A próxima etapa da fusão deve acontecer na semana que vem, com a transição das estruturas corporativas para uma única holding intermediária nos Estados Unidos. Essa mudança está prevista para o próximo dia 7 de junho. As entidades suíças dos dois bancos devem ser definitivamente unidas no terceiro trimestre.
“Atingimos hoje um marco significativo em nossa jornada de integração. A fusão dos conglomerados é fundamental para facilitar a migração dos clientes para as plataformas do UBS”, afirma em nota o CEO do UBS, Sergio Ermotti. “Também destravará a próxima fase de benefícios tributários, de custos, de capital e de captação a partir do segundo semestre de 2024.”
Em meio às novas etapas da fusão, o UBS anunciou ontem uma série de mudanças em seu corpo diretivo global, com executivos egressos do banco assumindo postos-chave e a aposentadoria do CEO do Credit, Ulrich Körner. Estas mudanças entrará em vigor em julho. No Brasil, o comando do banco também muda já a partir de junho, com Daniel Bassan, CEO do UBS BB, assumindo o comando no País e na América Latina.
*Agência Estado