Nesta véspera do feriado de Ação de Graças nos EUA, os mercados serão movimentados especialmente pela segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de outubro – a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
No Brasil, com a iminência do anúncio do pacote de corte de gastos, o investidor foca em reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e líderes. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participam de encerramento do G20 TechSprint 2024 + Fórum Anual Drex. Os dados do Caged de outubro também serão monitorados.
Exterior
A Bolsa de Hong Kong e os mercados da China subiram, após queda menor que a esperada do lucro industrial chinês em outubro, num sinal de que os estímulos governamentais recentes começam a ter efeito na economia. Há temores sobre eventual expansão de prometidas tarifas protecionistas pelo presidente eleito americano Donald Trump para as montadoras estrangeiras, além de México, Canadá e China.
Na Europa, a Bolsa de Paris perde mais de 1%, refletindo a fraqueza dos papéis do setor financeiro, tecnologia e de luxo. O diferencial entre a taxa projetada no título de 10 anos da França com o do Bund alemão chegou a se ampliar para 90 pontos-base, maior desde 2012 em meio à incerteza sobre o orçamento francês para o próximo ano. Em Nova York, os índices futuros viraram para baixo e os juros dos Treasuries recuam com a chance majoritária de corte de juro do Fed em dezembro no radar antes de uma intensa agenda de indicadores.
Brasil
A cautela internacional pode conter um desempenho positivo do Ibovespa, dólar e juros em meio à expectativa de divulgação do pacote de corte de gastos. O ETF brasileiro EWZ subia 0,11% às 6h29 no pré-mercado em NY. O ADR da Petrobras avançava 0,34% e o da Vale ganhava 0,81%, com o fortalecimento do petróleo e do minério de ferro.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve discutir o pacote com líderes e o presidente da Câmara hoje e que até a manhã desta quinta-feira deve conversar também com os líderes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, a definição sobre mudanças no Fundeb no corte de gastos depende dessas conversas. O senador e líder do governo, Otto Alencar, disse que estão pendentes a reforma tributária, o PLDO e a LOA, mas é possível um “esforço” para aprovar as medidas fiscais ainda este ano. A proposta de mudança na Previdência dos militares é insuficiente, diz o Centro de Liderança Pública (CLP).
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